O Governo de Portugal colocou em consulta pública o Plano de Recuperação e Resiliência, uma estratégia de desenvolvimento apresentada como um plano ambicioso, de execução célere, rigorosa e transparente para recuperar a economia do nosso país, traduzido um apoio financeiro fundamental para o país e que vai incluir dois projectos essenciais para o progresso do concelho de Castelo de Paiva, nomeadamente a ligação da Variante à EN 222 até ao nó de Canedo da A32 e a conclusão IC35, de Eja a Penafiel, até 2026.
Foi com grande satisfação que o presidente Gonçalo Rocha tomou conhecimento desta decisão do Governo de colocar, em consulta pública, o Plano de Recuperação e Resiliência, para ajudar o país a sair da crise provocada pela pandemia que nos atinge desde o ano passado. No total são quase 14 mil milhões de euros em subvenções e 2.700 milhões em empréstimos, financiados por Bruxelas, valores que devem ser aplicados de acordo com as prioridades do país, até 2026.
Uma das obras incluídas neste documento é o IC35, que integra a rubrica “Missing links e Aumento de capacidade da Rede” e que conta com a concretização das ligações Penafiel (EN15) – Rans, Rans – Entre-os-Rios e Sever do Vouga-IP5(A25).
Recorde-se que, esta é uma obra há muitos anos prometida por anteriores governos, e reivindicada pelas populações dos concelhos de Castelo de Paiva, Cinfães, Marco de Canaveses e Penafiel, reclamando a ligação à auto-estrada A4, nomeadamente pelos empresários ligados à forte industria do sector da exploração de granitos.
No caso da Variante à EN 222 em Castelo de Paiva, trata-se do percurso entre a Área Empresarial de Lavagueiras, localizada em Pedorido, no extremo sul do concelho e o Nó de Canedo da A32/IC2, um troço numa extensão de cerca de 10 quilómetros.
Nesta fase, decorre o “Projecto de Execução da obra”, a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP), sendo que esta intervenção vai permitir aproximar o Parque Empresarial dos principais eixos rodoviários, beneficiando o transporte de pessoas e mercadorias mais eficiente e segura. O traçado atravessa os concelhos de Santa Maria da Feira, Gondomar e Castelo de Paiva, visando promover a redução de tempos de percurso, desenvolver a conectividade e a intermodalidade, fomentar o crescimento económico e potenciar o emprego.
Gonçalo Rocha, edil de Castelo de Paiva, refere que esta é “uma excelente notícia, o momento e a oportunidade para o concelho e para a região, que não pode ser desperdiçada, daí o apelo de mobilizar o país como o mote para esta fase de desenvolvimento que é fundamental para alavancar a região “.
Agora não temos a justificação da questão financeira para as obras não avançarem, porque “ estamos a ser brindados com a solução financeira, que é essencial. Mesmo estando em processo de discussão pública, será seguramente incluído”, sublinhou o edil paivense, que destacou a importância de ser possível “ desbloquear a questão burocrática do processo e também a parte administrativa”, que espera que “seja célere”.
Neste seguimento, o presidente Gonçalo Rocha evidencia a importância da conjugação de esforços de todas as entidades, sublinhando que “ a batalha é conseguir que os prazos sejam encurtados para termos projectos prontos para lançar. Há muita matéria que se tem de conjugar, tem de haver uma grande mobilização do país para executar um quadro tão ambicioso. Temos de trabalhar de forma célere, porque é um passo gigante para alcançar o objetivo”.
Recorde-se que, antes de entregar o plano definitivo em Bruxelas, no início do próximo mês de Março, o Governo está aberto aos contributos dos principais parceiros sociais e económicos e da sociedade em geral, sendo que a fase de consulta pública vai durar duas semanas.
Com o financiamento das obras da Variante EN222 e o IC35, de Penafiel a Entre – os –Rios assegurado a 100% no Plano de Recuperação e Resiliência, o autarca paivense refere que o Primeiro Ministro António Costa e o Ministro da Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, fizeram um excelente trabalho, mostrando vontade de, por escrito, se congratular com esta excelente decisão, colocando em destaque, a necessidade urgente do avanço destes investimentos, e que para tal, seja adoptado um regime excepcional no País, de simplificação de procedimentos de contratação e de pareceres.
Mesmo sendo importante cumprir as regras e a transparência tida como fundamental e necessária, mas também é importantíssimo acelerar estes investimentos para o nosso território, porque este é um momento que deve mobilizar o País e todas as forças. O dinheiro está assegurado, que sempre fora problema, agora depende de todos os executar.