No passado sábado, dia 27 de março, a Biblioteca Municipal João Grave foi palco para a assinatura do protocolo de cooperação entre o Município de Vagos e a Filarmónica Vaguense, no âmbito da cedência do seu fundo documental e instrumental.
Este compromisso foi firmado, tendo em conta que ambas as entidades entendem que é de todo o interesse público que este espólio possa ser observado por todos os cidadãos, e particularmente lembrado pela população vaguense, que ao longo dos anos conviveu e utilizou pessoalmente essas partituras e instrumentos, assim enriquecendo a cultura individual e a da sua população em geral.
Esta pretensão mútua assenta na extrema valia do fundo documental e instrumental da Filarmónica Vaguense e da disponibilidade dos meios técnicos e humanos que permitem a sua preservação por parte da Câmara Municipal de Vagos. Assim, ficou protocolado inventariar, preparar e acondicionar a coleção documental (partituras) e a coleção de instrumentos musicais antigos da Filarmónica Vaguense, transferir ambas as coleções para as instalações da Biblioteca Municipal João Grave, conservando-as, gerindo-as e disponibilizando-as ao público.
Ficou, também, estabelecido que a cooperação será desenvolvida de acordo com as possibilidades de cada instituição nomeadamente através da participação da Câmara Municipal de Vagos e da Filarmónica Vaguense na seleção, inventariação e embalamento dos documentos e instrumentos, a cedência gratuita das coleções à Câmara Municipal que, por sua vez, disponibilizará os meios necessários para o transporte das referidas coleções e terá ao seu encargo, igualmente, a sua gestão, nomeadamente procedendo à sua avaliação, tratamento técnico e disponibilização ao público, em função das características de cada documento e instrumento.
No ato de assinatura deste protocolo, o presidente da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, referiu que este é um ato de “valorização do património cultural do concelho”. O autarca reconheceu que “a Filarmónica Vaguense é uma das instituições que melhor tem representado a cultura no Município de Vagos a quem pretendo agradecer por colocar o interesse público acima do interesse individual da Filarmónica”.
Por seu turno, o presidente da Filarmónica Vaguense, Ricardo Martins, deu conta de que esta “é uma ambição nossa dar um melhor tratamento ao nosso acervo, que é de todos os vaguenses, porque está lá trabalho de muitos vaguenses anteriores a nós. Este é um património da Filarmónica, mas também de todo o Município e agradecemos a possibilidade de ele poder estar acessível ao público que o quiser consultar”.