O Município de Oliveira de Bairro iniciou, no passado dia 13 de julho, o projeto piloto “Dar Valor é Dar Vida”, com a entrega de contentores próprios para recolha seletiva porta-a-porta dos resíduos urbanos biodegradáveis (RUB).
De acordo com Jorge Pato, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, este projeto “coloca o Município numa posição em que antecipa em dois anos o prazo limite para o início da recolha obrigatória de resíduos urbanos biodegradáveis”. A diretiva (UE) 2018/851, do Parlamento Europeu, impõe a recolha seletiva de biorresíduos a partir de 2023, assim como a preparação da população para a nova realidade de separação dos biorresíduos na origem de produção.
Ainda segundo o autarca, “Oliveira do Bairro é o primeiro Município da área de ação da ERSUC, [entidade que assegura a recolha seletiva de resíduos em 36 concelhos da região Centro] a implementar este tipo de recolha, sendo esta mais uma prova de que temos estado na dianteira da implementação de medidas que promovem a defesa do Ambiente”.
O projeto abrange apenas 50 habitações e os munícipes que se inscreveram já receberam gratuitamente dois contentores, um de 10 e outro de 40 litros, para a colocação dos biorresíduos.
O contentor mais pequeno ficará próximo do local de produção dos resíduos orgânicos, como a cozinha, para que sejam aí depositados. Depois de cheios, são despejados nos contentores maiores (40 litros), colocados à porta das habitações, para recolha periódica pelos serviços da autarquia.
O projeto “Dar Valor é Dar Vida”, promovido pelo Município de Oliveira do Bairro e financiado por fundos comunitários do PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, tem como principal objetivo o aumento da quantidade e qualidade de resíduos a encaminhar para a produção de fertilizante natural, diminuindo assim a quantidade de resíduos urbanos a depositar em aterro. Por outro lado, pretende-se também promover o esclarecimento da população para a importância da separação dos resíduos na origem e o seu encaminhamento para a reciclagem, provenientes da recolha seletiva.
Atualmente, os RUB são depositados junto com os resíduos urbanos indiferenciados e representam uma percentagem muito significativa, a rondar os 45%, sendo possível compreender o peso desta fração no total de urbanos gerados.
No final deste ciclo, promove-se a economia circular e garante-se a valorização dos resíduos, através do respetivo encaminhamento para o tratamento adequado.
Mais informação sobre o projeto aqui.