O pianista Paulo Oliveira apresenta no dia 4 de Dezembro o seu novo disco, “Beethoven 250+4”, lançado pela Artway Records, com obras de Haydn, Beethoven, Czerny, Liszt e Vianna da Motta. Uma viagem musical que se estende por gerações de mestres e discípulos, em que o pianista pretende homenagear o passado dando voz ao legado que molda o presente e inspira o futuro através da interpretação de obras icónicas como a Sonata ao Luar de Beethoven e a Balada opus 16 de Vianna da Motta.
Premiado em vários concursos nacionais e internacionais, Paulo Oliveira é um dos mais destacados pianistas portugueses da sua geração. O seu disco Iberian Impressions, editado pela Odradek Records em 2022, recebeu um Global Music Award nos EUA, na categoria Classical Piano.
O disco vai ser apresentado no Auditório do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro no dia 4 de Dezembro, às 18h, com uma conversa entre o pianista e a representante da editora Artway, Vanessa Pires, com a participação especial do pianista Fausto Neves.
Segundo Paulo Oliveira, “O projeto “Beethoven 250+4” é mais do que um conjunto de obras soltas de grandes compositores. É antes uma imagem de um percurso pessoal e artístico que tenho vindo a percorrer ao longo dos anos, marcado por um legado musical que me inspira de forma profunda. Este disco retrata uma ligação directa entre Beethoven e a minha própria vivência enquanto intérprete, uma ponte que se estende por gerações de mestres e discípulos e que culmina na minha experiência pessoal como aluno de Sequeira Costa. A ideia deste programa nasceu da vontade de celebrar essa tradição. A viagem começa com uma obra de Haydn, um dos mestres de Beethoven. A partir daí, seguimos para uma peça de Czerny, que, como discípulo de Beethoven, contribuiu para transmitir a herança musical do seu mestre a Franz Liszt. É através de Liszt que a linhagem chega até Vianna da Motta, que, por sua vez, formou Sequeira Costa, o meu mentor durante quase uma década. “Beethoven 250+4” reflete não só a história desses grandes nomes da música, mas também a minha própria história e o significado que essa herança tem para mim. De uma certa forma, cada obra deste programa traça essa linha ininterrupta de ensinamento e influência, entrelaçada com obras de Beethoven que representam diferentes estilos e fases da sua vida. Gravar este disco foi uma forma de homenagear os mestres que me precederam, e ao mesmo tempo perpetuar e transmitir, através da minha interpretação, o legado de Beethoven e de todos aqueles que contribuíram para o meu percurso musical.”
BIOGRAFIA:
Premiado em vários concursos nacionais e internacionais, Paulo Oliveira é um dos mais destacados pianistas portugueses da sua geração. Apresentou-se em concerto em vários continentes e gravou para rádios e televisões europeias e americanas. Em Portugal, tocou em salas como o CCB, Casa da Música, Gulbenkian, Teatro Rivoli, Teatro Nacional de São Carlos e Teatro São Luiz. Tocou a solo com a Orquestra Sinfónica da Universidade do Kansas, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra do Algarve, Orquestra do Norte, Orquestra Metropolitana de Lisboa e Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção dos maestros Nicholas Uljanov, Steven McDonald, Pedro Neves, Ferreira Lobo, Cesário Costa, Jean-Marc Burfin e Daniel Klajner.
Paulo Oliveira mantém uma carreira de música de câmara bastante ativa, tendo colaborado com músicos como Teresa Valente Pereira, Adriana Ferreira, Jill Lawson, Iva Barbosa, Marco Pereira, Nuno Silva, Janete Santos, Daniel Cunha, entre outros. O interesse pela música portuguesa faz com que tenha um papel relevante na sua divulgação, contando já com várias estreias de obras que lhe foram dedicadas. Para além disso, mantém no seu repertório obras de autores de outros períodos, contribuindo assim para que a música portuguesa, de qualquer época, não caia no esquecimento. É Professor Auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Orienta regularmente masterclasses no país e no estrangeiro e tem integrado vários júris de concursos nacionais e internacionais. É membro fundador da atual delegação da EPTA Portugal (European Piano Teachers Association). Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, doutorou-se com distinção na Universidade do Kansas, EUA, onde foi aluno de Sequeira Costa durante quase uma década. Anteriormente, estudou com Tania Achot na Escola Superior de Música de Lisboa e com Margarida Almeida e Felipe Silvestre na Academia de Música de S. Pio X. Outros nomes relevantes ao longo da sua formação foram: Helena Sá e Costa, Luiz de Moura Castro, Andrei Diev, Vladimir Viardo, Vitaly Margulis, Aldo Ciccolini, Paul Badura-Skoda e Dmitri Bashkirov. O seu disco Iberian Impressions, editado pela Odradek Records, recebeu um Global Music Award nos EUA, na categoria Classical Piano.