A Câmara Municipal de S. João da Madeira procedeu à entrega dos primeiros 24 talhões – de um total de 99 – da Horta da Mamoinha, distribuídos por sete pessoas que se candidataram a esses espaços. Numa sessão realizada no local no último sábado, 30 de novembro, o presidente da autarquia, Jorge Vultos Sequeira, assinou os acordos de utilização com estes munícipes, tendo estado presente também o vice-presidente, José Nuno Vieira, responsável pela área do ambiente na autarquia.
A criação desta horta insere-se na operação “Da Terra à Terra”, um investimento global de cerca de 340 mil euros, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e que inclui também a horta comunitária em construção na Rua S. João de Brito, esta com cerca de 200 talhões. Essa verba inclui ainda a aquisição de equipamentos de apoio, como compostores, abrigos e um veículo elétrico, para além da realização de ações de divulgação, sensibilização e captação.
Estas hortas comunitárias permitem cultivar, em meio urbano, produtos hortícolas e frutícolas de qualidade de forma biológica e sustentável, contribuindo para uma alimentação diversificada e saudável, bem como possibilitando poupar no custo de aquisição de vegetais para alimentação. Este projeto promove ainda o reforço dos laços de vizinhança, bem como das dinâmicas cívicas e de sustentabilidade.
Neste âmbito, serão realizadas ações de capacitação e sensibilização para a agricultura biológica e economia circular, com vista a promover a sustentabilidade ambiental e a prática de uma alimentação saudável.
Está ainda contemplada a disponibilização de compostores para possibilitar a produção na origem de fertilizante natural, visto o resultado da compostagem permitir a integração nas hortas deste corretivo de solos que permitirá torná-los mais ricos em nutrientes, com maior retenção de ar e água, condições relevantes para o cultivo, que irão contribuir significativamente para a autossustentabilidade das famílias que se dediquem a esta ação.
Serão ainda implementados, junto dos edifícios em altura das comunidades desfavorecidas, 13 pontos de compostagem comunitária para permitir a colocação dos biorresíduos produzidos por estas famílias nestes equipamentos e a sua transformação em composto, que será fornecido às famílias que pretenderem usar em pequenas floreiras com ervas aromáticas e outros, assim como para incorporar nos talhões cultiváveis que serão criados no âmbito deste projeto.