No âmbito da comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS), criado pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) a 18 de Abril de 1982, e aprovado pela UNESCO, a Câmara Municipal de Ovar decidiu dar início formal ao projeto ARHK | Espaço Memória que engloba o “Aron Hakodesh” (ARHK). O imóvel, adquirido em 2018 pela Câmara Municipal de Ovar, situa-se em São Vicente de Pereira, Concelho de Ovar e é um bem cultural de interesse público desde 2020.
O projeto, que agora tem início, resulta de uma candidatura apresentada pela autarquia à AIDA (Associação Industrial do Distrito de Aveiro), gestora do GAL Aveiro Norte, para financiamento através do PDR 2020, que mereceu parecer favorável e aprovação. O investimento total previsto para esta fase do projeto, que para além do investimento físico prevê umas jornadas históricas no final da intervenção, é de cerca de cem mil euros, suportados por um Investimento Elegível Validado de 84.870,15€ e um Apoio ao Investimento de 45 252.76€.
Para Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar “o manifesto valor patrimonial, histórico e cultural” deste espaço e a importância que terá na “nova dinâmica que se pretende implementar em S. Vicente de Pereira” com a articulação de outros projetos que estão em fase de preparação, nomeadamente na área do Turismo, tirando partido dos diversos elementos de interesse que este território oferece, da sua “ruralidade” e, especialmente, do valor identitário desta comunidade, serão o mote para o “desenvolvimento de um trabalho profícuo, participado e inovador, que será exemplo nacional”. Sinergias elementares e essenciais para capitalizar este bem público como um “produto cultural e turístico, sustentável e com relevante interesse estratégico para o desenvolvimento económico do concelho de Ovar e da região de Aveiro”.
O projeto ARHK | Espaço Memória pretende criar com condições para o desenvolvimento e acolhimento diversas ações, das quais se destacam a criação de um espaço para apoio à realização e acolhimento de ações de interesse cultural; registo, salvaguarda, conservação e restauro das estruturas e infraestruturas – casa agrícola, atafona, ARHK; criação de mecanismos de informação e musealização do espaço que integra o bem cultural; levantamento e registo do património imaterial – memórias, rituais e festividades – e outros elementos relacionados com o espaço e a comunidade local; e a realização e acolhimento de eventos culturais. Para a sua concretização, o projeto conta com uma equipa multidisciplinar, que integra quadros da autarquia – cultura, património histórico e turismo – e especialidades externas contratadas para o efeito.