Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, defendeu hoje, em Aveiro, a importância dos visitantes nacionais e de se reforçar a aposta no mercado interno, enquanto motor de desenvolvimento turístico. “Parte significativa dos bons resultados que reconquistámos em 2021, deste processo de recuperação, deveu-se a termos voltado a olhar para o mercado interno. Portugal redescobriu as suas valências e as suas capacidades de poder gerar e atrair cada vez mais visitantes”, sublinhou, na sessão de encerramento do 46.º Congresso da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo. Além de Pedro Machado, a sessão de encerramento contou com a participação de Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT. A sessão de abertura do evento, na quarta-feira, foi presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Ao longo dos três dias de congresso, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir palestras de Álvaro Siza Vieira, ministro da Economia, Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro, e muitas personalidades ligadas ao setor do Turismo. Na sua intervenção, Pedro Machado frisou que, para que o mercado interno continue a florescer, é necessário que o Governo olhe com redobrada atenção para as entidades regionais de turismo. “As entidades regionais têm um papel importante, em parceria e em cooperação com os outros organismos, no crescimento da atividade turística no futuro próximo. Precisamos de continuar a trabalhar em conjunto com o Governo, no sentido de reforçarmos os aspetos ligados à promoção e de reforçarmos igualmente a autonomia das organizações regionais, que são ativos e simultaneamente parceiros do Turismo de Portugal neste trabalho conjunto”, considerou.A atenção especial que deve ser dado ao mercado nacional deve ser complementada com a atração de visitantes estrangeiros, em particular de Espanha, disse também Pedro Machado: “Portugal tem a mais-valia de ser um exemplo internacional no clean and safe, que seguramente nos vai permitir, num espaço curto de tempo, retomarmos o turismo internacional. No Centro de Portugal olhamos muito particularmente para a relação que temos com o nosso primeiro mercado emissor, que é Espanha. A relação com Espanha, com quem trabalhamos há 3 anos, tem vindo claramente a dar resultados muito positivos. Este mercado, que tem 50 milhões de consumidores aqui ao lado, é particularmente relevante no trabalho conjunto de geramos negócio, também para os operadores e para as agências de viagens”.O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal lembrou ainda que a pandemia trouxe oportunidades a destinos turísticos menos massificados. “Cerca de 51% dos viajantes globais estão disponíveis para alterar o seu destino de férias, se a proposta de valor apresentada contribuir para a diminuição da pegada ecológica e para a descarbonização. Não é uma moda, é a realidade e tem valor no negócio. Abre-se aqui um novo normal, que é a possibilidade de destinos alternativos, que não estavam na primeira linha dos destinos mais massificados, criarem uma janela de novas oportunidades”, destacou. O 46.º Congresso da APAVT realizou-se de 1 a 3 de dezembro, no Centro de Congressos de Aveiro. O evento contou com o apoio da Turismo Centro de Portugal. |