Em 2000, ano de início da atividade da INDAQUA Feira, 47% da água que entrava nas redes de abastecimento não chegava aos consumidores, perdendo-se no meio ambiente. Em 2013, estas perdas eram já menos de metade das iniciais, fixando-se nos 22%. Nos últimos (quase) 10 anos, os resultados têm sido melhorados consecutivamente.
Dados da concessionária mostram que o volume de perdas nas redes de abastecimento do concelho ficou, em 2022, pelos 16%, menos 1,6 pontos percentuais (p.p.) do que em 2020 e menos 2 p.p. do que em 2019. Apenas em 2021 houve um ligeiro aumento para os 18,3%, apesar de esse valor manter Santa Maria da Feira dentro do limite máximo recomendável estabelecido pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (20%).
Estes valores contrastam com os resultados nacionais do indicador “Água Não Faturada”, que avalia estas perdas. Em 2021, a média do país situou-se nos 28,8%, correspondente a 237 mil milhões de litros de água por ano, num valor que se mantém relativamente constante há mais de uma década.
“Acreditamos que o caminho de investimento na operação, manutenção e reabilitação de redes que temos traçado vai permitir à INDAQUA Feira alcançar ainda melhores resultados nos próximos anos. Porém, o volume de perdas registado neste concelho é já positivamente assinalável e também a prova de como é possível promover a sustentabilidade ambiental, nomeadamente, a poupança de água, partindo de uma melhor gestão das nossas redes”, afirma Daniel Cardoso, Diretor Geral da INDAQUA Feira.
O indicador “Água Não Faturada” engloba, essencialmente, as perdas geradas por fugas, roturas, derrames em reservatórios ou outras ineficiências que fazem com que a água que entra nas condutas nunca chegue a ser consumida e que representam cerca de 74% do total. Somam-se ainda as perdas comerciais que acontecem junto do consumidor e envolvem consumos ilícitos (roubos ou desvios de água) ou mesmo de deficiente contabilização dos consumos devido a contadores obsoletos.
Na média de concessões operadas, em 2021, pela INDAQUA (Santo Tirso/Trofa, Vila do Conde, Santa Maria da Feira, Matosinhos e Oliveira de Azeméis), as perdas de água ficaram pelos 14,3%. De acordo com os dados da empresa, em 2022, esta percentagem foi reduzida para os 12,4%, contando com uma melhoria generalizada do desempenho e já com as mais recentes concessões do grupo: Barcelos, Marco de Canaveses e Paços de Ferreira.