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    Mealhada procura capacitar comunidade para questões de acessibilidade e inclusão

    O workshop “Mealhada Acessível”, realizado, esta manhã, no Espaço Inovação Mealhada, no âmbito das iniciativas da Semana Europeia da Mobilidade, trouxe à comunidade casos concretos com que se deparam, diariamente, pessoas com algum tipo de incapacidade, pelas vozes da Accessible Portugal, que desenvolve o projeto AccessTUR. A reter, ficou a ideia de que a sociedade, das instituições às pessoas, deve ter capacidade para acolher, responder e respeitar todos, afastando estereótipos, como o selo de “coitadinhos”.

    “O objetivo deste workshop é sensibilizar e capacitar os nossos agentes, os nosso serviços e toda a comunidade de forma a entenderem que a inclusão não é para os outros e pelos outros, mas para todos nós”, afirmou Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da Mealhada”. “O Município da Mealhada não é ainda um Município modelo nesta área, mas queremos ser. É, por isso, importante que cada uma de nós leve esta mensagem para nossa casa, para o nosso círculo e para o nosso trabalho”, sublinhou a autarca. 

    Ana Garcia, da Accessible Portugal, associação que se dedica a promover o Turismo acessível para todos, afirmou que “sem acessibilidade não há inclusão”, mas colocou a tónica nas pessoas “e não nas rampas”. Concretizou, com testemunhos de diversas pessoas, explicando que é positivo existirem infraestruturas de promoção de acessibilidade, mas esta carece de pessoas, não só de especialistas, mas de toda a sociedade, no sentido em que cada um deve ter competências humanas para saber responder e acolher quem tem algum tipo de incapacidade, nomeadamente no setor do Turismo. “Hoje, um milhão de pessoas tem dificuldade em compreender e reter informação no nosso país e isso demonstra que temos que estar preparados para saber comunicar”, afirmou.

    Na sessão estiveram várias pessoas que testemunharam dificuldades que vivem no seu quotidiano, próprios ou familiares, ficando claro que ainda existem estereótipos que põem em causa a dignidade das pessoas com incapacidade, nomeadamente o rótulo “do coitadinho”, que colocam em causa a igualdade, autonomia, segurança e dignidade das pessoas, pilares do Projeto AccessTur, que está a ser desenvolvido junto do setor do Turismo.

    “Em 2050, um quinto da população mundial terá mais de 60 anos e, portanto, poderá ter algum tipo de incapacidade. É importante que tenhamos a consciência de que todos temos ou teremos algum tipo de incapacidade.

    O projeto AccessTUR – Centro de Portugal é um projeto de promoção do turismo acessível e inclusão social, promovido pela Accessible Portugal, com o apoio da Turismo do Centro e das sete Comunidades Intermunicipais (CIM’s) que compõem o território, que visa a qualificação da oferta turística; a qualificação da procura turística; bem como a desmistificação dos preconceitos e estereótipos sobre as pessoas com deficiência ou algum tipo de característica diferenciadora/ necessidades especiais;

    Redação
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