Têm entre 14 a 19 anos, de diferentes freguesias de Águeda e uma até de um concelho limítrofe. No total, são 13 jovens que vão vigiar, já a partir de segunda-feira, as áreas florestais do concelho de Águeda no âmbito do programa “Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas”, desenvolvido em parceria com o Instituto Português da Juventude (IPDJ).
Esta semana, alguns destes jovens – os primeiros sete a participarem na atividade – foram recebidos no Salão Nobre, para uma ação simbólica de boas-vindas a esta “experiência” de voluntariado, onde lhes foram entregues os kits de “vigilante” e conheceram as forças de segurança com quem vão “trabalhar”: a GNR e os Guardas Florestais.
O Guarda Principal Ricardo Costa e o Agente Florestal Pedro Silva começaram por explicar o modo de funcionamento do programa e, sumariamente, o que devem fazer nas ações de vigilância que vão ser realizadas. Sem rodeios, disseram: “não corram riscos, apontem o que veem, tirem fotos se conseguirem e falem connosco”, declararam, salientando a importância deste tipo de voluntariado.
“Estejam atentos, a vossa ação é muito importante, pelo alerta de potencial fogo florestal, mas também pelo avistamento de depósito de lixos, entre outras situações, e principalmente pelo contacto com as populações, pela sensibilização e prevenção que fazem. É importante para as pessoas e vai ser bom para vocês também”, disse o Guarda Costa.
Na mochila, entregue a cada um, levam luvas e rolo de sacos (para recolha de algum lixo que encontrem), duas t-shirts identificativas de que são voluntários (que é importante que levem sempre vestida para que as pessoas reconheçam quem são), boné e cantil de água. Receberam ainda material de sensibilização para entregarem aos habitantes das zonas que forem vigiar, sobre vários temas: queimas e queimadas, limpeza dos terrenos e a importância do corte dos ramos de árvores que estejam a pender para a via pública.
Margarida, de 19 anos, é a “veterana” deste grupo de oito voluntários que vão percorrer a floresta. E não nos referimos a este “estatuto” por ser a mais “velha” dos vigilantes, mas porque é já o terceiro ano consecutivo que a jovem faz este trabalho voluntário nas férias em Águeda. O Guarda Costa também a reconheceu: “estás aqui de novo?”, foi a questão, seguido de um cumprimento de validação.
Aluna de biotecnologia na Universidade de Aveiro, diz que resolveu repetir a experiência porque gostou “bastante de conhecer novos sítios e do contacto com as pessoas, principalmente com os mais velhos”.
Deste grupo inicial fazem ainda parte a Beatriz, a Matilde, a Lídia, a Ana, o Rodrigo e o Francisco. Todos ansiosos por começarem a vigilância. Acreditam que vai ser uma “experiência enriquecedora” e que lhes vai permitir “conhecer novos lugares e pessoas”.
Alguns dos jovens já participaram em outras ações de voluntariado, em instituições de solidariedade social, por exemplo, e quiseram “agarrar” a oportunidade de ter uma nova experiência.
Este programa, que tem a duração de 15 dias, tem como objetivo promover práticas no âmbito da preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas, sensibilizar a comunidade para o papel da floresta na qualidade de vida, prevenir os incêndios florestais, mobilizar os jovens para a criação de valores e práticas ambientais, e promover uma cultura de responsabilidade e participação ativa na prevenção e na solução dos problemas ambientais.
“O valor da floresta” é o tema da ação deste ano, que visa promover ações de vigilância, a pé ou de bicicleta, bem como sensibilizar a população naquela que é a época do ano mais crítica para a ocorrência de incêndios rurais, fomentando o sentido de cuidar e valorizar a floresta.
Deste modo, os jovens vão apoiar na monitorização e vigilância fixa e móvel, referenciando os locais onde haja resíduos abandonados para posterior recolha pelos serviços camarários, sendo que o patrulhamento será feito em percursos florestais definidos pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Águeda.