A Fundação Engenheiro António de Almeida (FEAA), decidiu atribuir um subsídio à ANEM, bem como ceder as suas instalações, nomeadamente ao nível do auditório, no sentido de ajudar a causa da ANEM, na construção do seu Centro de Excelência e Lar permanente, para pessoas portadoras de Esclerose Múltipla.
Portugal não tem nenhuma estrutura física que possa acomodar pessoas, em estados mais avançados desta patologia, onde possam ser tratados convenientemente, por terapeutas especializados em Esclerose Múltipla, bem como e no que tange a investigação, ainda existe muito a fazer. A construção de uma estrutura de raiz, é um sonho de muitos portadores desta doença e uma necessidade marcante para o combate à patologia que cada vez afeta mais pessoas.
O edificado será construído num terreno, cedido pela câmara municipal de Gaia, em regime de comodato, bem como existem verbas já atribuídas pelo projeto governamental “PARES 3.0”. A parte remanescente do valor, terá de ser encontrada através de capitais próprios, recorrendo a ANEM a parcerias públicas e privadas, no sentido de angariar o valor necessário.
A ANEM é uma instituição que dá resposta a nível Nacional, há mais de 27 anos, investindo na sua resposta social, terapias convencionais e alternativas, sendo a reabilitação física e cognitiva uma das melhores respostas para tentar reverter ou atenuar os efeitos incapacitantes da Esclerose Múltipla. Tendo para o efeito 3 espaços (2 em Gondomar) e 1 em Gaia, onde presta apoio diário.
O QUE É A E.M.:
A Esclerose Múltipla (E.M.) é uma doença crónica, inflamatória, desmielinizante e degenerativa afetando o Sistema Nervoso Central (SNC), atingindo com maior incidência o género feminino e surge mais frequentemente no jovem adulto (entre os 20 e os 40 anos), apesar de nos dias de hoje a E.M. se comece a manifestar em idades mais precoces e/ou mais tardias.
É uma doença autoimune na qual o sistema imunitário não tem capacidade de diferenciar as células do seu próprio corpo de células estranhas a ele, acabando por destruir os seus próprios tecidos. O principal alvo deste “ataque” é a mielina, uma camada de gordura protetora das fibras nervosas que auxilia na transmissão de informação ao longo do corpo humano. Quando ocorre um “surto”, formam-se cicatrizes endurecidas que se agrupam formando as conhecidas “escleroses” ou também denominadas “placas”. São afetadas inúmeras áreas do cérebro e da medula espinal pelo que se denomina esta doença de Esclerose Múltipla.