É preciso exercitar a empatia, colocando-nos no lugar do outro, entendendo-o antes de criticá-lo. E é preciso coragem para nos colocarmos nas dores alheias, porque isso traz dor, isso implica consciência de que, muitas vezes, estamos sendo injustos com quem apenas necessita de apoio.
Atitudes extremas de dar auxílio, mesmo “in extremis” quase nunca são tomadas por quem está bem e tranquilo, mas em contrapartida, por pessoas enredadas e conhecedoras do que é a dor e o desespero.
Não permita que alguém o julgue sem ter vivido a sua história, sem ter compartilhado nada consigo, sem nunca ter perguntado se precisava de alguma coisa.
Mas o maior sofrimento de quem sofre poderá muito bem ser, o desinteresse familiar, daqueles que estando perto, ficam longe, daqueles que no conforto das suas vidas, abdicam da solidariedade, da partilha e da participação no alívio do sofrimento.
Por fim, ignore quem ataca sem entender, quem julga sem conhecer, quem comenta sem saber, porque a maioria das pessoas só está preocupada com o que acham serem erros alheios que poderiam ser evitados, embora elas próprias errem e tentem se esconder, apontando o dedo para fora de si.
Afinal, ninguém conseguirá ser tão implacável quanto a nossa própria consciência.