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    Presidente da Câmara de Aveiro visitou EXPO da Maratonada Europa no arranque da programação oficial

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    O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, visitou esta sexta-feira, pelas 15h30, a EXPO da Maratona da Europa, instalada no Cais da Fonte Nova, marcando o arranque da programação oficial da quinta edição da prova.

    A programação do evento estendeu-se até domingo, dia 27 de abril, data em que se realiza a prova. Além da maratona (42,195 km), a iniciativa inclui também uma meia-maratona (21,097 km), uma “mini-maratona” (10 km) e uma caminhada solidária (5 km), destinadas a diferentes faixas etárias e níveis de preparação.

    Com um percurso praticamente plano, o trajeto da Maratona atravessou algumas das zonas mais emblemáticas do Município de Aveiro e de Ílhavo.

    Desde 2023, a Maratona da Europa é reconhecida pela World Athletics com o selo Road Race Label, integrando em 2025 o ranking das 100 melhores provas do mundo, na 95.ª posição – sendo a terceira maratona portuguesa a alcançar esta distinção, a par de Lisboa e Porto.

    Em 2024, a prova foi vencida pelo marroquino Mohamed Chaaboud, com o tempo de 2h09m20s, estabelecendo um novo recorde da competição.

    Rebeldes da Fé: A Expansão dos Franciscanos em Portugal nos Séculos XIV e XV

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    Nos finais da Idade Média, Portugal assistiu a uma verdadeira vaga franciscana, uma expansão que representou uma reação ao espírito monástico tradicional, muito marcado no nosso país pela influência dos Cistercienses, e, de forma mais geral, à crescente burocratização da hierarquia eclesiástica.

    A chegada dos franciscanos não foi pacífica: o clero instalado reagiu, em parte por rivalidade no acesso às esmolas dos fiéis, mas também devido a tensões mais profundas. No entanto, o Papa reconheceu nos Frades Menores um poderoso instrumento de renovação da fé, capaz de dinamizar o povo e responder a necessidades que a estrutura pesada dos bispos e as velhas ordens encerradas nos claustros já não conseguiam satisfazer.  Durante os séculos XIV e XV, a influência franciscana continuou a crescer, atingindo todos os níveis da sociedade portuguesa.

    • Já D. Dinis escolhera para seu confessor, e depois bispo do Porto, o franciscano Frei Estêvão, em 1320.
    • A Rainha Santa Isabel, viúva, entrou na Ordem Terceira de São Francisco.
    • D. João I teve como confessor Frei Afonso de Alprão.
    • D. Fernando, à hora da morte, pediu para ser enterrado com o hábito franciscano.
    • A Rainha D. Filipa de Lencastre confiou o seu espírito ao franciscano inglês D. Aimaro.

    Os filhos do casal real continuaram a tradição:

    • Frei Gil Lobo foi confessor de D. Duarte e de D. Afonso V.
    • O infante D. Henrique surge como interlocutor no Relógio da Fé de Frei André do Prado, um tratado sobre a fé cristã escrito ainda durante a vida do infante.
    • O infante D. Fernando, mártir de Tânger, legou a sua biblioteca aos franciscanos de Leiria.
    • Frei Afonso Falcão escreveu cartas de consciência para D. Afonso V.

    O próprio D. Afonso V, nos últimos anos da vida, recolheu-se entre os franciscanos do convento de Varatojo, fundado por sua vontade, e D. João II teve como confessor Frei João da Póvoa, conhecido pelo seu rigoroso apego à pobreza.

    Nas grandes crises nacionais, os franciscanos marcaram presença:

    • Durante a guerra civil de 1383-1385, vemos-nos ao lado dos burgueses do Porto e do povo miúdo de Estremoz, a encabeçar motins, a intermediar conspirações a favor do Mestre de Avis, e até envolvidos numa tentativa de atentado contra D. João de Castela, organizada por Leonor Teles.
    • Foram também voz ativa contra o interdito papal que proibia o enterro dos mortos nas igrejas.

    Ainda antes, no reinado de D. Fernando, frades franciscanos incitaram a resistência popular contra os invasores castelhanos, tanto em Santarém como em Lisboa.
    Pregaram sermões de ação de graças após o levantamento do cerco de Lisboa e a vitória de Aljubarrota.
    O próprio anúncio da conquista de Ceuta teve a sua força inicial num sermão franciscano.

    Estes factos revelam a profunda e constante presença dos franciscanos na vida pública portuguesa. Desde o início, o movimento franciscano oscilou entre a fidelidade ao ideal de pobreza absoluta de São Francisco e as exigências práticas de uma ordem organizada.

    São Francisco nunca desejou criar uma ordem estruturada; sonhava com uma confraria de homens unidos pela “santa pobreza”, vivendo do trabalho ou da esmola, sem possuir nada.
    Os primeiros franciscanos abrigavam-se em cabanas ou ruínas, vivendo em pequenos grupos quase eremíticos.

    Com o crescimento do movimento, tornava-se impossível manter este modelo sem compromissos. A construção de conventos e igrejas levou a tensões internas. Frei Elias, que iniciou a construção da Basílica de Assis recorrendo a caixas de esmolas, personificou essa primeira cisão, enfrentando a oposição dos mais fiéis à visão de São Francisco, como Frei Leão.

    O compromisso papal permitia à Ordem utilizar bens, mas não ser formalmente sua proprietária — pertenciam à Santa Sé, administrados por procuradores.

    Ainda assim, a divisão entre Zeladores (ou Espirituais) e Conventuais tornou-se inevitável.

    • São Boaventura tentou reconciliá-los através da “Via Média”, baseada num uso pobre, mas não inexistente, dos bens.
    • Após a sua morte, a tensão reavivou-se e deu origem aos Fraticelli e, mais tarde, aos Observantes e Capuchinhos.

    Também em Portugal sentimos os ecos desta luta.

    A reforma observante chegou por volta de 1392, trazida por frades galegos e asturianos, como Frei Diogo Arias e Frei Gonçalo Marim.
    Em Alenquer, tentaram implementar uma vida mais austera, vendendo os objetos preciosos do convento e aproximando-se do ideal de São Francisco, apesar da oposição interna. Fundaram novos conventos em locais isolados, como o da Carnota, apoiado por D. João I.

    Estatutos do final do século XV, como os aprovados em Alenquer em 1486, insistem na prática do trabalho manual: cavar hortas, lavar roupa, fabricar objetos — exemplos vivos de frades como Frei João da Montanha, serralheiro, e Frei João da Comenda, construtor de relógios.

    Em Portugal, o franciscanismo manteve viva a corrente espiritual mais exigente:

    • A Crónica dos 24 Generais (tradução portuguesa do século XV) toma partido claro pelos zeladores e espirituais.
    • Frei Álvaro Pais, natural de Santarém ou da Galiza, escreve em De statu et planctu ecclesiae uma crítica feroz à corrupção da Igreja, vendo nos franciscanos a esperança da renovação espiritual.

    Também encontramos sinais de messianismo, inspirados nas visões de Joaquim de Fiore:

    • Frei Amadeu da Silva, autor do Apocalipsis Nova, anunciava a chegada de um novo tempo para a Igreja e o mundo, dominado pelo espírito de São Francisco.

    Estas ideias proféticas, ainda que nem sempre alinhadas com a ortodoxia romana, deixaram raízes profundas.

    Através da tradução dos poemas livres e apaixonados de Jacopone da Todi por Frei Marcos de Lisboa, a segunda metade do século XVI ainda respirava este espírito franciscano original: um cristianismo simples, pobre e profundamente livre.

    Os franciscanos, mais do que apenas monges de claustro, foram protagonistas de uma revolução espiritual que atravessou séculos — e que ainda hoje ressoa discretamente na alma portuguesa.

    Filomena e a luta pela bondade

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    No inverno passado encontrei-me com Filomena – uma pessoa que lutava pela bondade –  em estado muito infeliz, ela contou-me que tinha uma pessoa (Urtência) que considerava amiga, mas que era muito ciumenta e procurava intrometer-se na vida de suas amigas para dizer mal dela; deste modo a sua relação com as outras amigas começou a diminuir de autenticidade e a tornar-se mais distanciada devido a histórias e trafulhices depreciativas inventadas e contadas às suas amigas sendo assim enevoada a confiança e o sol aberto nas suas relações.

    Então eu contei-lhe que há pessoas capazes de tudo; pessoas que talvez tenham tido uma infância infeliz e se tornaram vítimas de situações injustas e são predestinadas a tornar outras pessoas vítimas criando assim uma cumplicidade inconsciente de infelicidade por não terem digerido psicologicamente a má experiência que as traumatizou. Tudo isto, acrescentado a um mundo social que gira mais em torno das aparências e do dinheiro, dificulta cada vez mais o caminho certo da verdade e da retidão. Assim, cada vez rareia mais a hombridade e a honestidade.

    Como na natureza não há só flores mas também urtigas e rosas com espinhos e tudo depende do jeito como tocamos nelas. Na vida encontramos pessoas pré-formatadas que usam “óculos escuros” filtrando a realidade das pessoas e dos acontecimentos de maneira sombria segundo a cor da percepção dos seus óculos; pelo contrário, outras de formatação mais maleável, ou de “óculos” mais claros e de caracter mais soalheiro veem a realidade, as pessoas e os acontecimentos com bonomia e de maneira mais soalheira. Isto tem a ver com o caracter adquirido e inato de cada pessoa mais ou menos predisposta à felicidade ou à infelicidade e a uma atitude própria perante a vida; quem não se encontra satisfeita consigo mesma, tem por vezes uma atitude Instável e não aceita a vida como ela é; estas pessoas  catam da vida , dos acontecimentos e das pessoas os aspectos negativos que possam ter sem considerarem os aspectos positivos.

    Pessoas infelizes ou incapazes de digerir a própria realidade sobressaem por tenderem a ver o mundo dos outros como elas são e agarram-se a exterioridades ou a coisas ridículas que veem ou projctam nos outros para se sentirem mais elas próprias e o mundo mais conforme a si mesmas. Têm perspectivas curtas e por isso filtram o mundo dos outros pelo seu próprio jeito.

    Escolhem do mundo à sua volta os aspectos da vida que podem confirmar a sua maneira de ser porque lhes falta a atitude madura que leva a suportar a vida como ela é.

    Pessoas assim não têm culpa de serem como são, mas muitas vezes tornam-se azedas ou passam de um extremo de simpatia para o outro extremo tóxico sem sequer notarem.  Essas pessoas são elas mesmas mais vítimas da própria  história de infância, social e genética e são geralmente hipersensíveis ou falta-lhes a capacidade de compreensão dos outros por viverem demasiadamente centradas nelas mesmas muitas vezes devido a falta de amor, compreensão e carinho na infância.

    Pessoas sensíveis devem estar atentas para não se deixarem enredar em discussões com essas pessoas que as conversas se tornarão tóxicas e insatisfatórias para os dois lados.

    Há pessoas que não estão preparadas para compreender e apenas conseguem reagir.  Falta-lhes o campo aberto e mentalidade madura suficiente para compreender o ponto de vista da outra pessoa ou um conceito diferente. Pessoas assim, por vezes em eventos ou convívios com outras pessoas não se dão conta de como com suas atitudes ou formas de estar e de tratar ferem pessoas amigas.

    Pessoas que se sintam feridas devem evitar entrar em discussão para não mover a negatividade que se encontra mais ou menos forte em cada pessoa e não faz sentido nenhum ou causam remorsos em pessoas mais refletidas. Pessoas com mais deficiências psicológicas são prisioneiras dos próprios sentimentos e da própria visão do mundo e não conseguem ouvir nem compreender, estão formatadas de maneira a não internalizarem nem reflectirem sobre o que veem, pensam ou sentem; estas pessoas apenas reagem, independentemente do que se diz e expressa. Falar para elas é como falar para a parede. Essas pessoas de caracter narrativo podem encontrar parceiros de conversa para si agradáveis desde que sejam da mesma onda.

    A vida é tão curta que seria um desperdício de vida perder-se em discussões não construtivas. Nem todas as pessoas e caracteres são compatíveis com uma relação contínua e longa. Por vezes contactamos com pessoas com os mais diversificados currículos psicológicos.  Pessoas de caracter azedo serão agradáveis em primeiros contactos ou em contactos esporádicos porque nesses curtos momentos ainda se trata de circunstâncias estratégicos inconscientes de captação de simpatia para o próprio âmbito de acção. Nesta situação trata-se de encontros de mera cortesia sem se deixar envolver em relação mais profunda. No trato com essas pessoas chega limitr-se aos actos de cortesia.

    No memento de querermos estabelecer uma relação a longo prazo, temos de estar atentos se no interlocutor se trata de pessoa benevolente e de campo aberto ou fechada, egoísta, ensimesmada.

    A pessoa de caracter benevolente e aberto está aberta ao crescimento e à compreensão vendo sentido em qualquer assunto, mesmo que não concorde.

    Um aspecto a ter-se em conta na relação ou discussão é não querer convencer ninguém nem dar conselhos não solicitados!

    A relação interpessoal é mais complicada do que parece devido à formatação e ao currículo de vida de cada pessoa além dos problemas inerentes à própria linguagem ou comunicação dado o interlocutor, no seu processo da percepção do que ouve do outro, o perceber já com a conotação do molde receptor.

    Por mais lógicos ou verdadeiros que sejam os argumentos, essa pessoa irá distorcê-los, minimizá-los ou rejeitá-los — não porque esteja errado, mas porque o seu condicionamento não a capacita a considerar outra realidade que não a que se afigura ao seu ponto de vista configurado a ideias fixas. Assim há sempre que ter em contas o caracter, as próprias taras e as taras dos ouros. Há pessoas mais fixadas nelas mesmas e não no assunto da discussão e por isso querem apenas ganhar a discussão e neste caso a pessoa mais equilibrada, para preservar a própria paz interior e evitar a animosidade da parceira de diálogo terá de reconhecer por primeiro que não vale a pena perder tempo com argumentos, especialmente em questões pessoais, em assuntos de política ou de religião (nestes casos é melhor não haver conversa!). Cada pessoa tem um nível de vida e de conhecimento e maior ou menor capacidade num assunto ou no outro, mas em certos assuntos que exigiriam maior discernimento como religião e política todo o mundo se sente competente não conseguindo distinguir entre o assunto em si com as suas especialidades e a própria opinião.

    Também se encontram, por vezes, pessoas psicologicamente tão perturbadas que é de evitar qualquer conversa séria e em certos casos o melhor é abandoná-las, doutro modo além do mais perde-se tempo e feitio. Pessoas deste género são tão tóxicas que tornam situações sempre perigosas envolvendo na negatividade até pessoas com grande maturidade. Pessoas assim só ouvem o que lhes interessa para poderem atacar o outro.

    Apesar de tudo vale sempre a pena lutar por um mundo mais honesto e melhor. Haverá sempre pessoas que frequentaram mais a escola da trafulhice, outras que frequentaram mais a escola da compaixão e outras a escola do silêncio.

    Cada um de nós terá que carregar com o seu fardo e em parte ajudar a levar o dos outros.

    O “Francisco da Ásia” que pode mudar o futuro da Igreja

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    Luís Antonio Tagle nasceu em 1957, nas Filipinas, numa família simples, com raízes chinesas. Desde pequeno, aprendeu o que era viver com pouco e encontrou na fé a sua maior riqueza.

    Ordenado padre em 1982, Tagle nunca procurou protagonismo. Mas a sua proximidade fervorosa, o seu espírito caloroso e cheio de esperança começou a conquistar corações. Em 2001, foi nomeado bispo de Imus e, dez anos depois, arcebispo de Manila, o cargo mais prestigiado da Igreja filipina.

    Foi então que a sua história deu um salto.

    Em 2012, o Papa Bento XVI elevou-o a cardeal. Jovem, entusiasta e com uma capacidade rara de comover quem o escuta, Tagle rapidamente se tornou uma das figuras mais respeitadas e queridas da Igreja Católica.

    As suas homilias não deixam ninguém indiferente. Quando fala dos pobres, dos migrantes e dos que o mundo esqueceu, emociona-se. E quem o ouve sente que aquelas palavras vêm do coração de alguém que conhece a dor e a esperança da vida real.

    Tagle fala inglês fluentemente e o seu estilo simples, alegre e próximo do povo faz muitos dizerem que ele tem alma de franciscano, apesar de ser padre diocesano.

    Hoje, é apontado como o grande herdeiro do espírito do Papa Francisco. Já é conhecido como o “Francisco da Ásia”. No Brasil, o maior país católico do mundo, até lhe chamam “K-Papa”, numa brincadeira que une o seu carisma ao fenómeno cultural asiático.

    E de onde vem esta figura que está a inspirar tantos? Das Filipinas, o décimo terceiro país mais populoso do mundo e o verdadeiro gigante católico da Ásia. Ali, a fé é vivida de forma intensa, por vezes com práticas extremas como as crucificações reais na Sexta-Feira Santa, que a Igreja tem vindo a desaconselhar.

    O Papa Francisco sempre acreditou que o futuro da Igreja passaria pela Ásia. A escolha da Coreia do Sul para acolher as próximas Jornadas Mundiais da Juventude é um sinal claro dessa visão.

    Se o futuro da Igreja vier mesmo do Oriente, tudo indica que poderá passar pelas mãos de Luis Antonio Tagle.

    Um sorriso aberto, uma fé contagiante e uma paixão autêntica. Que bonito seria ver o futuro da Igreja falado com sotaque asiático.

    “Conforto Desconfortável”: Ricardo Neto Desvenda o Universo do Seu EP de Estreia

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    A 21 de abril, Dia Mundial da Criatividade e Inovação, Ricardo Neto revelou uma primeira incursão no seu universo com o lançamento de Conforto Desconfortável — um tema que serve de porta de entrada para um trabalho de estreia intimista, onde palavra e melodia se entrelaçam numa identidade autoral vincada e cativante.

    Com 26 anos, Ricardo Neto é natural de Amiais-de-Baixo, no coração ribatejano, mas foi em Aveiro que encontrou, como costuma dizer, o amor — pela cidade, pela música e por quem o acompanha. Foi também aí que fundou os Maria Café, uma banda aveirense de sonoridade pop leve e luminosa, onde segue como vocalista e de onde se adivinha um novo lançamento para breve. Dividindo o seu tempo entre Aveiro, Porto e as raízes que nunca largou em Amiais, Ricardo vai desenhando uma geografia afetiva que se reflete na sua música: sincera, próxima e profundamente pessoal. Com influências de Tiago Bettencourt, Maro, Salvador Sobral e Tiago Nacarato, a sua música vive de uma forte componente lírica, com letras introspectivas, poéticas e emotivas, que exploram o amor, a nostalgia, a procura interior e o quotidiano. Os arranjos são simples mas envolventes, e a sua entrega vocal — sensível e genuína — empresta autenticidade a cada canção.

    O single “Conforto Desconfortável” é a primeira amostra deste trabalho de estreia de Ricardo Neto. A música, com uma sonoridade delicada e poética, foi a base para o título do EP. Para o artista, “Conforto Desconfortável” é uma expressão que não tem uma definição única. Segundo Ricardo, pode ser um equilíbrio, uma ponte, um sossego inquieto, um amor inexperto ou até mesmo um primeiro beijo — algo que pode ser tudo e, ao mesmo tempo, não ser nada.

    As outras faixas do EP — “Será”, “Porto Seguro” e “Adeus” — continuam a explorar as diferentes fases do amor, desde a incerteza do início, a procura de refúgio e culminando na decisão de deixar partir. Apesar de ter gravado vários takes de voz e guitarra, os escolhidos para o EP foram sempre os primeiros de cada música. Ricardo realça que, tal como no amor, a primeira vez é sempre a mais sincera, aquela em que damos o melhor de nós.

    O EP será lançado a 10 de maio nas principais plataformas de streaming, como Spotify, Tidal e Apple Music. Os vídeos e visualizers de cada tema serão lançados, nas semanas seguintes, no YouTube, Instagram e TikTok, oferecendo uma experiência visual que complementa a jornada emocional de cada canção.

    O Centro de Interpretação da Pateira de Frossos (CIPF) celebrou o seu 3.º aniversário

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    O Centro de Interpretação da Pateira de Frossos (CIPF) celebrou o seu 3.º aniversário, reafirmando o seu papel como polo dinamizador da educação ambiental, da valorização do território e da promoção da cidadania ecológica no Concelho de Albergaria-a-Velha.

    A cerimónia decorreu anteontem, dia 23, e contou com a presença do Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, tendo sido a oportunidade para o Município de Albergaria-a-Velha celebrar vários protocolos de cooperação com a instituição de ensino superior, que irão permitir a receção regular de estudantes de licenciatura e mestrado para a realização de estágios curriculares em diversas áreas. Em particular, o acordo com o Departamento de Biologia, liderado por Fernando Gonçalves, visa transformar a Pateira de Frossos num laboratório vivo para os futuros cientistas do país, tornando esta zona húmida numa ferramenta pedagógica de excelência.

    A cerimónia contou ainda com o lançamento oficial do “Guia da Flora da Pateira de Frossos”, resultado de um trabalho de campo e investigação científica que pretende apoiar o conhecimento e a preservação da biodiversidade local.

    Quanto aos resultados alcançados pelo Centro nos seus três primeiros anos de atividade, foram dinamizadas 187 atividades, com 3440 participantes envolvidos, números que refletem o impacto crescente da estrutura na comunidade local e regional. Entre os marcos já alcançados destaca-se a criação do Mural de Frossos, localizado na aldeia, que homenageia a natureza e a cultura local e se tornou um ponto de identidade e orgulho para a população.

    No que diz respeito ao futuro, foram anunciados vários projetos ambiciosos:

    • A criação de um Centro de Voluntariado Ambiental, a instalar na antiga Escola Básica de Frossos, que será restaurada para acolher atividades de sensibilização e intervenção ecológica;

    • O Guia da Fauna da Pateira de Frossos, atualmente em desenvolvimento;

    • A produção de um documentário sobre a Pateira de Frossos, que dará a conhecer ao público a riqueza natural e humana desta paisagem singular;

    • O aprofundamento dos estudos científicos sobre o ecossistema da Pateira, em parceria com instituições académicas;

    • A criação de um mural no próprio Centro de Interpretação, reforçando a componente artística e interpretativa do espaço.

    A Vereadora Sandra Almeida salientou que este percurso tem sido possível graças à dedicação e empenho da equipa que diariamente trabalha no Centro, assumindo um compromisso contínuo com a qualidade, a inovação e a proximidade à comunidade. “Um agradecimento especial à equipa do Centro de Interpretação, que tem trabalhado de forma incansável para promover e valorizar a Pateira de Frossos, garantindo que este espaço natural seja cada vez mais conhecido e apreciado”, afirmou.

    O 3.º aniversário do Centro representou não apenas uma celebração do caminho percorrido, mas também um momento de projeção para o futuro, reforçando o compromisso com a educação ambiental, a investigação científica e o envolvimento da comunidade na preservação da natureza.

    Anadia recebe 3ª Taça de Portugal de Masters

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    O Município de Anadia recebeu este sábado, 26 de abril, a partir das 14h00, a 3ª Taça de Portugal de Masters em ciclismo de estrada, promovida pela Federação Portuguesa de Ciclismo, em parceria com a Associação de Ciclismo da Beira Litoral, com o apoio do Município de Anadia.

    A prova, numa extensão de cerca de 100 km, teve partida e chegada, junto às Piscinas Municipais de Anadia. A competição contou com 203 ciclistas inscritos em representação de 37 equipas, nos escalões de Elite Amador, Master 30, Master 35, Master 40, Master 45, Master 50, Master 55, Master 60, Master 65 e Master +70.

    Devido à realização desta prova, estavam previstos alguns constrangimentos de trânsito, nomeadamente na zona do Complexo Desportivo de Anadia e durante o percurso da corrida, designadamente nas localidades de Anadia, Cerca, S. Pedro, Boialvo, Figueira, Avelãs de Cima, Ferreiros, Vale da Mó, Junqueira, Algeriz, Vila Nova de Monsarros, Monsarros, Grada e Aguim. Neste sentido, o Município apelou à melhor compreensão dos moradores e utilizadores destas vias, no sentido de utilizar percursos alternativos e seguir as indicações das autoridades presentes.

    Provedoria do Munícipe da Mealhada constituída por cinco provedores

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    A Câmara da Mealhada e a Assembleia Municipal da Mealhada aprovaram a equipa de Provedoria do Munícipe, constituída por cinco cidadãos do concelho. O objetivo da Provedoria é “o acompanhamento das situações, tendencialmente de exceção, em que estejam esgotadas, sejam inexistentes ou consideradas inadequadas as respostas concretizadas pelo Município junto dos cidadãos”.

    São cinco os cidadãos que constituem a equipa de Provedoria: Maria Clara Cristina Pires, provedora principal, Maria Paula Rodrigues de Andrade Vicente, e Júlio Manuel dos Santos Penetra, provedores adjuntos, José Cadete Joaquim, Nicole Gaspar Alves, provedores substitutos.

    Segundo a proposta apresentada à Assembleia Municipal, trata-se de “cidadãos que não exercem cargo ou função em órgão ou serviço municipal, não são fornecedores ou prestadores de serviços ao Município e gozam de reconhecida reputação de integridade moral e cívica, além de serem cidadãos inscritos como eleitores na área do Município da Mealhada.

    Esta equipa goza de autonomia e independência face ao poder autárquico, sendo designada em triénios, iniciando no triénio 2025 – 2028. Tem o limite de dois mandatos para o conjunto de membros da Provedoria.

    As funções dos provedores passam por apoiar o munícipe na defesa dos seus direitos, prestando informações sobre os mesmos, receber exposições, por ação ou omissão dos órgãos e serviços municipais, manter o diálogo com o munícipe, emitir pareceres, recomendações e fazer propostas, em matéria da sua competência, e remetê-las aos órgãos municipais competentes, bem como elaborar o relatório anual de atividade para apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal.

    O regulamento foi aprovado no final de 2023 e publicado em Diário da República em janeiro de 2024.

    Teatro Aveirense revela a programação do segundo quadrimestre de 2025

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    Destaque para as presença de nomes como Zé Ibarra, The Black Mamba, Expresso Transatlântico, Teatro Nacional São João, Visões Úteis, Tiago Guedes, Margarida Vila- Nova, Diogo Morgado, Manuel Marques , Bruno Aleixo, Circolando, Companhia Paulo

    Ribeiro e Estúdios Victor Córdon

    Aveiro, 22 de abril de 2025 – A programação do segundo quadrimestre do Teatro Aveirense convida o público a desfrutar de propostas nas áreas da música, do teatro, da performance, da dança e da stand-up comedy, assim como a espetáculos criados em comunidade, artistas de Aveiro, coproduções e conteúdos para as famílias. É também a altura do ano em que são apresentadas mais propostas fora de portas, renovando o desafio para uma maior fruição do espaço público. Neste capítulo, o Festival dos Canais é, sem dúvida, o maior destaque.

    Música com propostas nacionais e internacionais

    Entre maio e agosto o Teatro Aveirense recebe diversas propostas musicais, numa agenda que começa com a celebração do 200º Aniversário de Johann Strauss, a cargo da Orquestra do Palácio de Schönbrunn de Viena (Austria), no dia 5 de maio, seguindo-se um concerto do brasileiro Zé Ibarra para a antestreia do seu álbum a solo, no dia 9 de maio. Ainda nesse mês, realiza-se mais uma edição da bienal Reencontros de Música Contemporânea, de

    15 a 25 de maio, revelando novas obras de compositores atuais e revisitando obras de criadores do passado. Para junho ficam guardados os concertos de Bia Maria, dia 12, e The Black Mamba, dia 14, e em agosto repete-se a rubrica Novas Quintas na Rua, este ano com um concerto dos Expresso Transatlântico na Praça da República, no dia 7. Segue-se uma apresentação do projeto aveirense Lés e Lés, de Vitor Hugo e Carlos Lázaro, marcada para o mesmo local no dia seguinte. Ambos os projetos fazem parte da programação da Sala Aberta – programação em espaço público, onde se parte da paisagem, da geografia e do diálogo com a arquitetura e o património classificado que rodeiam o edifício do Teatro Aveirense para um convite à criação e à fruição cultural.

    Teatro em vários registos, do clássico ao contemporâneo

    Já no teatro fica marcado o encontro com Hamlet, do Teatro Nacional São João, encenado por Nuno Cardoso, nos dias 30 e 31 de maio do qual o Teatro Aveirense / Câmara Municipal é coprodutor. Em junho é apresentada uma desafiante performance/sessão de leitura da companhia Visões Úteis, criada por Jorge Palinhos, numa mistura de teatro e design gráfico. O título é Como Desenhar Uma Filha Nua e está marcada para o dia 26 de junho. No dia seguinte, o encenador Tiago Guedes propõe a sua visão de À Primeira Vista, partindo de um texto multipremiado de Suzie Miller, num monólogo conduzido por Margarida Vila-Nova. Para 26 e 27 de julho fica a apresentação de Swing, um espetáculo divertido sobre um casal a desafiar os seus limites, com Diogo Morgado, Diana Nicolau, Manuel Marques e Susana Blazer.

    Bruno Aleixo e Carlos Coutinho Vilhena propõem dois momentos de stand-up

    A stand-up comedy contará com dois momentos que prometem atrair as atenções do público. O primeiro acontece no dia 4 de maio com Aleixo Amigo – Um show ao vivo muito seu amigo, no qual o universo do personagem Bruno Aleixo é apresentado em palco, sucedido por Snob, do humorista Carlos Coutinho Vilhena, que no dia 21 de junho aborda a questão da mentira.

    Um calendário especialmente preenchido na área da dança

    A área da dança estará especialmente dinâmica neste quadrimestre, com um calendário que começa no dia 16 de maio com OU, de André Braga e Cláudia Figueiredo, da CRL – Central Elétrica, numa nova criação com o sul de Moçambique e o seu passado colonial como pano de fundo, seguindo-se ATA, de Maria Fonseca, a 5 de junho, que aborda a complexa questão da morte na sociedade atual. A 19 de junho é apresentado Sagração de Quem Era, de Margarida

    Constantino, no âmbito da rubrica Palcos Instáveis Segunda Casa, e no dia 4 de julho Paulo Ribeiro apresenta Maurice Accompagné, a primeira parte de uma trilogia dedicada à música, num início que se faz sob os auspícios de Luís de Freitas Branco e Maurice Ravel. Para 25 de julho fica reservada a apresentação da oitava edição do programa Território, dos Estúdios Victor Córdon, dedicado a jovens bailarinos e bailarinas, com um programa que inclui coreografias de Marco Goecke e Nadav Zelner.

    Encomendas de projetos com a comunidade aveirense mostram-se em maio e junho O segundo quadrimestre verá ainda a chegada ao palco de dois projetos criados com a comunidade aveirense ao longo do ano. Logo em maio dá-se a estreia de O Navio dos Sonhos e a Ilha dos Amores, com texto e direção artística de João Garcia Miguel, no âmbito do projeto OLAS – Objetos e Laboratórios Artísticos e Sociais, que nesta sua segunda edição faz uma viagem teatral pela essência da humanidade através de figuras carismáticas de Aveiro. Encontro marcado para 10 de maio. No dia 29 de junho dá-se a terceira edição do Cantar-o-Lar, projeto criado em parceria com a Orquestra Sem Fronteiras e realizado com os utentes de quatro lares para a terceira idade de Aveiro. Estes dois projetos fazem parte do legado da Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura e passam a fazer parte integrante dos projetos de serviço educativo e

    Comunidade do Teatro Aveirense.

    As emoções tornam-se cores num espetáculo para as famílias e o público escolar

    Já as famílias poderão contar com Panda Express, de Lewis Gillon & Joana Mário, para espetadores a partir dos 6 anos, feito de múltiplas cenas inspiradas no espectro de cores das emoções humanas. Apresentação nos dias 4, 5 e 6 de maio, com as sessões das duas derradeiras datas a serem dedicadas exclusivamente ao público escolar.

    10ª edição do Festival dos Canais já tem datas marcadas

    Quanto ao Festival dos Canais, um evento da Câmara Municipal de Aveiro organizado pelo Teatro Aveirense, celebra este ano a sua 10ª edição com uma programação que promete ficar na memória de todos e diversas iniciativas pensadas para assinalar estes anos no calendário cultural da cidade. As datas a reter são 16 a 20 de julho. A programação será revelada em breve.

    Mais informações:

    https://www.swisstransfer.com/d/bf23d32b-b92b-4e3e-ae8c-91beb5bd2302

    Assinado auto de consignação para ampliação do Centro Escolar de Tamengos em Anadia

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    O auto de consignação da empreitada de “Ampliação do Centro Escolar de Tamengos”, foi assinado esta quarta-feira, 23 de abril, entre o Município de Anadia e a empresa “Revilaf Construction, SA”. No ato de assinatura estiveram presentes a Presidente da Câmara Municipal de Anadia e o Administrador da empresa responsável pela empreitada.

    A obra está orçada em mais de um milhão e cem mil euros, com um prazo de execução de 12 meses. A intervenção arranca no início do próximo mês de maio.

    A solução arquitetónica delineada pretende preservar a estrutura construtiva do edifício existente, fazer uma remodelação profunda das suas instalações e projetar uma área de ampliação complementar, de modo a dar cumprimento à legislação em vigor.

    De referir ainda que as atuais instalações do Jardim de Infância apresentam algumas deficiências, tanto a nível funcional como construtivo, não transmitindo uma atmosfera de conforto e de comodidade, daí a necessidade da intervenção.

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