A Rota da Bairrada está, juntamente com autarquias, produtores, assadores e comercializadores de leitão a desenvolver o processo de certificação do Leitão da Bairrada, com vista à proteção deste produto diferenciador na gastronomia da região.
“O objetivo é evitar situações como as que alguns de nós já encontraram de chegarmos a um certame, por exemplo, e ver anunciado Leitão da Bairrada ou à Bairrada, mas quando se prova verifica-se que o produto não tem nada a ver com o nosso. Apenas é usada abusivamente esta designação, o que causa prejuízos da todos nós”, explicou Pedro Soares, presidente da Rota da Bairrada, no encontro cm cerca de duas centenas de operadores, na Mealhada.
O processo, que havia sido iniciado em 2020, mas ficou estagnado por força da pandemia, está agora no terreno, com o contacto com os operadores económicos ligados ao leitão: do produtor ao assador e aos restaurantes. A Rota da Bairrada, a trabalhar com APOMA (Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro), tem um minucioso trabalho de recolha de informação para que que o processo de Indicação Geográfica Protegida chegue a bom porto. É preciso provar o saber fazer, os modos de produção e o receituário, bem como a história do produto na região da Bairrada, que abrange os concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada, Oliveira do Bairro e de Vagos.
Aos operadores é pedida também a colaboração na identificação daquelas que são as características do produto, desde a caraterização físico-química à conservação, da caracterização sensorial á apresentação comercial.
“É um passo importantíssimo na defesa de uma das mais importantes iguarias nacionais e é, por isso, um trabalho de deve congregar o maior número possível de entidades públicas e privadas ligadas ao setor”, afirmou Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da Mealhada, presente na reunião.