Estes dados confirmam a crise que a Animalife tem destacado repetidamente e contra a qual têm lutado com determinação.
A Animalife, através da sua participação ativa na Estratégia Nacional para os Animais Errantes (ENAE), tem promovido uma abordagem mais holística e integrada.
“Estes números não são apenas estatísticas; eles representam vidas de cães e gatos que merecem a dignidade e o amor que um lar proporciona. A realidade é que, apesar dos esforços contínuos, há ainda muito trabalho a ser feito. É essencial que todos nós — governo, entidades privadas, sociedade civil e cada cidadão consciente — trabalhemos juntos para implementar soluções eficazes e duradouras. A coordenação entre as diferentes partes interessadas é crucial para o sucesso desta missão.”, descreve Rodrigo Livreiro, Presidente de Direção da Animalife.
Portugal continental tem mais de 930 mil animais errantes, entre os quais 830.541 gatos e 101.015 cães, segundo os dados agora revelados, do primeiro Censo Nacional de Animais Errantes divulgado esta sexta-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Estudo refere também que os donos de gatos têm menores índices de responsabilidade do que os de cães, especialmente ao nível da identificação individual e do acesso ao exterior sem supervisão.
O Censo Nacional de Animais Errantes 2023 foi desenvolvido pela Universidade de Aveiro para Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e financiado pelo Fundo Ambiental.
Dados da Guarda Nacional Republicana (GNR), compilados no estudo e relacionados com a sinistralidade rodoviária, revelam que foram reportados 4.640 atropelamentos, sendo de 4.443 cães e 197 gatos entre 2019 e 2022, tendo 2020 sido o ano em que se reportaram mais atropelamentos (1.428 e 84, respetivamente).
Uma das medidas fundamentais em que a Animalife investe é a esterilização, identificada nos Censos como uma necessidade crítica entre os inquiridos que frequentemente não possuem recursos para tal procedimento.
Esta iniciativa não apenas controla a população de animais errantes, mas também reduz os casos de abandono devido à incapacidade de cuidar de ninhadas inesperadas.