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    “Red shoes” da artista britânica Jo Cope “tingem” Museu do Calçado de vermelho

    O Museu do Calçado tem apresentado peças de diversos criadores que trabalham sapato enquanto objeto conceptual, mas, com a exposição “O Caminho uma Metáfora” é a primeira vez que um artista ocupa, e intervém de forma plena, no espaço dedicado especificamente à arte nesse equipamento cultural do Município de S. João da Madeira. 

    A inauguração contou com a presença da própria Jo Cope, que realiza em S. João da Madeira – onde afirmou sentir-se “em casa” – aquela que é a sua primeira exposição internacional a solo, reunindo calçado, instalações e vídeo, numa “viagem retrospetiva eimersiva” ao seu imaginário, como realça a diretora do Museu do Calçado.

    Sara Paiva acrescenta que “Jo Cope descobriu no icónico ”stiletto” vermelho e na sua simbologia uma fórmula inesgotável de reflexão sobre temas relacionados com o feminino”, pelo que passou a “criar exclusivamente em vermelho”, cor que se destaca na exposição que abriu ao público no final do mês de setembro e fica patente até 25 de maio do próximo ano. 

    Para o presidente da Câmara Municipal, Jorge Vultos Sequeira, o conceito de sapato, trabalhado pelas mãos de Jo Cope, “vai para além de acessório de moda e transforma-se em elemento central de verdadeiras obras de arte”. O autarca realça que na história da família da artista há “sucessivas gerações de sapateiros”, um “código genético” que é também uma marca de muitos sanjoanenses. “Essa característica comum dá ainda um significado maior ao facto de ter lugar em S. João da Madeira a sua estreia com uma exposição individual fora do seu país”, acrescenta o autarca.

    A visão transformadora das criações de Jo Cope está patente, também, no seu ativismo social, de que são exemplo os projetos que tem desenvolvido no apoio às pessoas sem abrigo ou no combate às desigualdades e à violência sobre as mulheres, “causas prementes a nível global e que muito dizem ao Município de S. João da Madeira, que as assume como prioritárias nas suas políticas”, sublinha ainda Jorge Vultos Sequeira. 

    A inauguração ficou ainda marcada pela doação, por Jo Cope, de uma das suas peças ao Museu da Chapelaria. A artista sucede, assim, a outros criadores de referência que têm passado por este equipamento cultural, “difundindo tendências e abrindo horizontes que podem ser úteis e inspiradores, designadamente para este dinâmico e criativo setor de atividade, que tem em S. João da Madeira um dos seus principais polos”, como referiu o presidente da Câmara.

    Pessoa com dislexia, a artista encontrou formas alternativas de obterconhecimento e assume-se como “defensora e apoiante” com esse distúrbio,  particularmente no seu trabalho nasuniversidades, “onde os estudantes começam a perceber como podemusar a sua diferença para uma vantagem criativa extra”.

    Redação
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