O ecologismo sempre foi apoderado pelas forças de esquerda em Portugal, ora pelos protagonistas do PEV, ora pelos protagonistas do PAN. O PAN, aquando da sua fundação, ainda tinha o Dalai Lama como membro honorário do partido, entretanto abandonado… vá-se lá saber porquê… Mas isso pouco importa para o que quero referir neste texto, porque o cristianismo tem intrínseco em si a defesa da natureza, ou não fosse a forma de Deus se manifestar em diversos episódios da Bíblia, através da natureza…
Além disso, ao longo da história da Igreja, podemos verificar que algumas das irmandades cristãs mais influentes do mundo, como a franciscana, fizeram da defesa da natureza e dos animais uma prioridade. O fundador da Ordem Franciscana, São Francisco de Assis, chamava os animais e os elementos da natureza de irmãos e criaturas de Deus. Inventou o presépio com animais e colocou na agenda da Igreja, no século XIII, a preocupação com o meio ambiente.
Também este Papa, de nome Francisco, já escreveu muito sobre a defesa do planeta, em termos doutrinários e teológicos. O ecologismo hoje é defendido pela doutrina social da Igreja e é uma pena que, politicamente, nem todos os partidos que se dizem católicos o defendam… pois muito antes da esquerda o defender, já a Igreja o fazia há vários séculos.
A encíclica do Papa Francisco, intitulada Laudato Si e com o subtítulo O cuidado com a casa comum, datada de 2015, é a prova de que a democracia-cristã tem o dever de defender e propor iniciativas que protejam o meio ambiente e o planeta. A inserção destes princípios e valores na doutrina social da Igreja é factual… resta aos partidos que se dizem seus defensores levar a cabo a doutrina que alegam defender, e não alinhar com modas e interesses que sopram nos ventos que se levantam…
