O Movimento a Pão e Água, que reúne empresários da restauração, comércio e hotelaria, concentra-se hoje em Lisboa, frente à Assembleia da República, no dia limite para o pagamento de impostos ao Estado.
Trata-se de “uma grande manifestação de caráter nacional”, sendo esperados mais de 40 autocarros provenientes de vários pontos do país, reunindo, pelas 15:30, profissionais de vários setores de atividade, como comércio, cultura, hotelaria, restauração e respetivos fornecedores.
“Este ano, a data de 25 de novembro está carregada de um simbolismo acrescido, uma vez que se trata do dia limite para o pagamento de impostos ao estado, numa altura de claro desespero e incerteza em que os empresários e colaboradores de vários setores se encontram”, informou o movimento, em comunicado. Aqueles profissionais consideram que a atual situação “atingiu o limite da sobrevivência dos negócios e dos postos de trabalho, após vários meses de encargos, sem perspetivas de futuro, sem apoios e sem diálogo”. Assim, exigem, tal como já aconteceu em manifestações anteriores no Porto e em Faro, a adoção imediata do conjunto de medidas já apresentadas anteriormente, entre as quais a atribuição de apoios a fundo perdido, aos restaurantes, bares, discotecas, organizadores de eventos, músicos, atores, produtores, entre outros.
“O movimento ‘A Pão e Água’ é apolítico, de âmbito nacional, positivo e aberto a todos os que estão a sofrer com medidas desmedidas, desproporcionais e injustas, e que de variadíssimas formas estão a ser fortemente afetados pela situação atual, em virtude do regime do novo estado de emergência”, lê-se no comunicado.
O Governo anunciou no sábado as medidas de contenção da pandemia da covid-19 para o novo período de estado de emergência, que vigorará entre as 00:00 de terça-feira, 24 de novembro, e as 23:59 de 08 de dezembro. Nas vésperas dos feriados, os estabelecimentos comerciais vão estar encerrados a partir das 15:00 127 concelhos do continente classificados como de risco “extremamente elevado” e “muito elevado”. Mantêm-se igualmente os horários de encerramento dos estabelecimentos comerciais às 22:00 e dos restaurantes e equipamentos culturais às 22:30 nestes concelhos e em mais outros 86 considerados de “risco elevado”. Nestes últimos concelhos, o recolher obrigatório vigorará nos sete dias da semana entre as 23:00 e as 05:00.
Lusa