Instalado no emblemático edifício da Torre da Oliva, o Museu de Calçado completou, no passado sábado, seis anos de atividade, ao longo dos quais recebeu cerca de 53 mil visitantes, mesmo com os constrangimentos provocados pela cobid-19 em 2020 e 2021. Para assinalar a efeméride, este equipamento cultural do município inaugurou, nesse dia, a exposição “Tendência ou futuro? Calçado e Sustentabilidade”.
Com a parceria do Centro Tecnológico do Calcado de Portugal (CTCP) e da Apiccaps – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos Pele e Sucedâneos, esta exposição, que pode ser visitada até 25 de junho de 2023, apresenta projetos, materiais, produtos e ações inovadoras em direção a um futuro mais sustentável para a produção de calçado em Portugal.
A própria montagem desta mostra foi feita com recurso à reutilização de objetos, como foi destacado na sessão de inauguração pelo presidente da Câmara Municipal, Jorge Vultos Sequeira, e pela diretora do museu, Sara Paiva, que sublinharam a vertente ambiental subjacente a esta iniciativa, aspeto também realçado pelos representantes da Apiccaps e do CTCP, respetivamente, Paulo Gonçalves e Flora Bastos.
Efetivamente, em 2021, foram produzidos 22 mil milhões de sapatos em todo o mundo, sendo a vida útil expectável de cada par de apenas um ano. Neste contexto, como destacam as entidades organizadoras da exposição, “uma consciência ecológica e ambiental começa a instalar-se entre designers, industriais e consumidores”.
Abordando o facto de o Museu do Calçado estar a assinalar o seu sexto aniversário, o presidente da Câmara Municipal deixou palavras de reconhecimento a quem esteve na génese da ideia, a quem a concretizou e a quem tem assegurado o funcionamento e desenvolvimento deste equipamento, que se insere num “grande projeto” do município, que se traduz proporcionar “uma oferta cultural e turística, no quadro do Turismo Industrial, baseada na sua história industrial”.