“Os números falam por si e revelam aumentos significativos ao nível tanto da receita como da despesa, o que quer dizer que indiscutivelmente houve mais investimento e uma maior receita do que nos anos anteriores”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, sobre o relatório de contas relativo a 2022, aprovado, quinta-feira, em reunião de Câmara.
Os resultados obtidos são, sublinha, fruto de uma “gestão rigorosa, cuidada, empenhada e transparente”, espelham, “de uma forma clara e inequívoca, os compromissos assumidos num ano particularmente difícil e extremamente marcado pela incerteza e instabilidade” e reforçam “a confiança na resiliência destes servidores públicos para os tempos que aí vêm, mas também na capacidade de superação da sociedade civil que continua a arriscar e a crescer”.
As contas certas apresentadas, de forma consistente pelo Executivo, têm permitido ao Município “ter disponibilidade financeira para oferecer uma resposta completa perante a ameaça que nos atingiu nos últimos anos, garantindo um nível de proteção social e económica que em anteriores circunstâncias não seria possível e que nos permita corresponder às vicissitudes que se perspetivam para um futuro muito próximo”.
A Câmara obteve, em 2022, uma receita de 37.053.521,15 euros, uma despesa de 34.783.319,74 euros e um resultado líquido positivo superior a 1,19 milhões de euros (1.196.169,80 euros).
“Os resultados que apresentamos são manifestamente positivos, tendo em conta tanto as muitas obras e investimentos que realizámos por todo o concelho como os apoios que continuamos a conceder às diversas instituições para fazerem face às dificuldades sentidas na pós-pandemia e na conjuntura que vivemos”, declarou Jorge Almeida, acrescentando que as contas apresentadas são tanto mais expressivas pelo facto de que os impostos em 2022 terem continuado em valores mínimos (IRS e IMI), “essenciais para apoiar as famílias e as empresas”.
As contas municipais de 2022 apresentam uma dívida efetiva de 1,1 milhões de euros, que se referem essencialmente a fornecedores, que respeitam a faturas que se encontravam em conferência e dentro dos prazos de pagamento contratuais. Os prazos são de 24 dias, não havendo pagamentos em atraso.
Os restantes valores apontados como dívida referem-se às normais obrigações que têm que ver com impostos vencidos a 31 de dezembro e cujo pagamento é efetuado nos meses do ano seguinte, bem como respeitam às garantias bancárias e cauções das empreitadas em curso, e as contribuições salariais dos trabalhadores municipais referentes aos últimos meses do ano e em prazo de pagamento.
No que se refere à dívida bancária, a Câmara de Águeda, durante o ano 2022 voltou a não efetuar novos financiamentos, estando a autarquia a pagar, unicamente, os empréstimos contratualizados há mais de uma década, com uma dívida, a 31 de dezembro de 2022, de 209.036,38 euros (que reflete uma amortização de 89.551,92 euros face a 2021).
As contas de 2022 revelam, concluiu Jorge Almeida, “um esforço e equilíbrio financeiros”, fruto de “uma boa e exemplar gestão”.