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    Região Norte: Mais 230 camas de cuidados intensivos

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    A região Norte do país vai contar com mais 230 camas de cuidados intensivos que resultam da “reorganização” de serviços, adaptação de espaços e que provam o “esforço” do Serviço Nacional de Saúde para “dar respostas”, assegurou hoje a Ministra da Saúde.

    Em Vila Verde, onde participou na cerimónia de assinatura de acordos com 10 Santas Casa da Misericórdia, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, Marta Temido quis “dar nota clara sobre o esforço” do SNS “em cada um dos seus núcleos, em cada uma das suas instituições, de ampliar as suas respostas”.

    Este esforço concretiza-se na abertura de mais camas de Medicina Intensiva: “O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa terá disponíveis mais nove camas de cuidados intensivos, fruto de uma reorganização que fez, saliento que o Centro Hospitalar de Entre o Douro e o Vouga tem a decorrer uma adaptação de um antigo refeitório, que estará pronta esta quarta-feira e que terá mais uma unidade de cuidados intensivos, e Vila nova de Gaia Espinho terá mais 28 camas de cuidados intensivos até ao final deste mês”, explicou.

    A governante deu ainda conta de cerca de mais de 200 camas que vão estar disponíveis em Lousada e na Póvoa de Lanhoso, sendo que neste concelho estarão 40 já disponíveis “esta semana”.

    Marta Temido sublinhou que  “estes são exemplos do que é o esforço de adaptação contínua para responder às necessidades dos portugueses”.

    “Vacina por si só não será suficiente” para derrotar pandemia, alerta OMS

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    O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou esta segunda-feira que uma vacina “por si só não será suficiente” para derrotar a pandemia de Covid-19.

    “Uma vacina vai complementar as outras ferramentas que temos, não vai substituí-las”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus durante uma reunião do Conselho Executivo da OMS.

    O Diretor-geral da OMS, assim como vários especialistas da agência das Nações Unidas, tem vindo nos últimos dias a moderar o otimismo criado na semana passada sobre a proximidade de uma vacina eficaz contra a Covid-19, quando as farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram que dados preliminares de ensaios clínicos de III evidenciaram uma eficácia da vacina de 90%.

    “Inicialmente as quantidades serão limitadas e por isso cuidadores, idosos e pessoas em situação de risco terão prioridade e esperamos que isso reduza o número de óbitos e permita a resistência dos sistemas de saúde”, observou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

    O Diretor-Geral da OMS alertou ainda para que não se encerrem prematuramente as medidas que permitem controlar a expansão da Covid-19, designadamente através de testes, quarentena e acompanhamento de casos de contacto.

    Primeiro prémio da Sociedade Portuguesa de Materiais para dissertação da UA

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    Diogo João Breda Lopes, bolseiro de investigação do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC) e do Laboratório Associado CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, foi distinguido a nível nacional, no dia 4 de novembro de 2020, por ocasião da comemoração do Dia Mundial Dos Materiais 2020, com o 1º Prémio de Melhor Dissertação de Mestrado dos anos letivos 2018-2019 e 2019-2020 na área da Ciência e Engenharia de Materiais pela Sociedade Portuguesa de Materiais.

    O Prémio SPM, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Materiais (SPM), visa distinguir jovens investigadores e apoiar a participação do vencedor na Conferência Euromat 2021 (Áustria) para apresentação da sua tese no concurso ao prémio FEMS Master Thesis Award a nível europeu.

    O prémio foi atribuído à dissertação intitulada “Design de fotocatalisadores multifuncionais à base de titânia por reacções redox controladas”, desenvolvida no âmbito do Mestrado Integrado em Engenharia de Materiais e orientada pelos investigadores do CICECO Andrei Kovalevsky (DEMaC) e Ana Luísa Daniel-da-Silva (DQ). Este trabalho demonstra um novo conceito para o processamento de fotocatalisadores em microescala com capacidades inerentes de co-ativação térmica e estabilização do polimorfo anatase. Os resultados foram publicados recentemente na revista Materials (https://www.mdpi.com/1996-1944/13/3/758). A abordagem tem potencial para aplicação na produção de artigos cerâmicos com funcionalidades de autolimpeza e desinfeção.

    Diogo João Breda Lopes apresentará a sua tese na Conferência Internacional EUROMAT 2021, a ocorrer de 12 a 16 de setembro de 2021, em Graz, na Áustria.

    Covid-19: Costa destaca “dever cívico exemplar” dos portugueses durante o fim de semana

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    O primeiro-ministro afirmou hoje que os portugueses demonstraram um “dever cívico exemplar” na forma como acataram durante este fim de semana o dever de recolher obrigatório e as medidas impostas para tentar mitigar a covid-19.

    “Ainda este fim de semana, os portugueses deram uma demonstração de dever cívico exemplar na forma como acataram a necessidade de limitar a sua circulação a partir das 13:00 de sábado, noite de sábado e tarde e noite de domingo”, afirmou António Costa.

    Durante a cerimónia de homologação do “Acordo de Colaboração no âmbito do 1.º Direito para o Município do Porto”, o primeiro-ministro considerou que vivemos “momentos muito duros, de enorme pressão sobre o imediato e a necessidade de responder à emergência sanitária, económica e social”.

    “Esta pressão sobre o presente e emergência não nos podem nunca fazer esquecer que há uma vida além do covid-19”, salientou o chefe do Governo, dando ênfase à necessidade de resolver “vulnerabilidades” prioritárias como o direito à habitação.

    Portugal contabiliza pelo menos 3.381 mortos associados à covid-19 em 217.301 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

    O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.

    Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

     

    Lusa

    BE quer cálculo do apoio à restauração com faturação de 2019 e não deste ano

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    A coordenadora do BE, Catarina Martins, propôs hoje que os apoios imediatos à restauração tenham em conta a faturação de 2019 e não deste ano, a criação de um programa sobre as rendas e uma redução fiscal imediata.

    Catarina Martins reuniu-se hoje de manhã, por videoconferência devido à pandemia, com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), tendo no final, em conferência de imprensa, apresentado “três medida absolutamente essenciais” para responder a um setor muito fragilizado e cuja atividade tem sido muito afetada pelas medidas de restrição devido à pandemia.

    “Que os apoios que estão em curso já não tenham em conta a comparação com a faturação no resto do ano 2020, mas sim com a faturação de 2019. Estamos já com nove meses em que este setor está a perder, em que não ganha o suficiente para os seus custos fixos”, começou por propor.

    Por outro lado, de acordo com a coordenadora do BE, “é muito importante haver um programa sobre as rendas destes estabelecimentos”, uma vez que, “embora a sua atividade esteja reduzida a 0% ou a 50%, estão a pagar as rendas a 100%”.

    “Os custos desta pandemia devem ser repartidos de uma forma justa e o Governo deve ter um programa que permita reduzir as rendas tendo em conta a redução da faturação e criar apoios a senhorios ou a rendas nos casos em que isso seja absolutamente necessário. Não podemos pedir a este setor para pagar rendas a 100% quando tem a atividade tão reduzida”, defendeu.

    A líder bloquista apontou ainda a necessidade de as medidas serem para já “e não para o futuro”, dando o exemplo daquelas que foram anunciadas no Orçamento do Estado, como o IVAucher, que são “para um momento de recuperação”, sendo aquilo de que o setor da restauração precisa é de “medidas para manter o emprego agora”.

    “Se o Governo tem disponibilidade para pensar medidas do ponto de vista fiscal teria mais sentido fazer, como já fizeram outros países na Europa, uma redução fiscal para já e não apenas para o futuro”, pediu.

    Um dos “grandes problemas” que o BE tem com as medidas que o Governo apresenta quer no Orçamento do Estado e quer neste momento é o facto do executivo, segundo Catarina Martins, “continuar a considerar apenas medidas para a recuperação” quando aquilo que é necessário são “medidas para aguentar emprego, as empresas”, que ainda não existem.

     

    Lusa

    Quebra homóloga da atividade turística volta a acentuar-se em setembro

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    O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje a não recuperação da atividade turística em setembro, com os hóspedes a recuarem 52,7% e as dormidas a diminuírem 53,4% face ao mês homólogo do ano anterior.

    A quebra verificada de 52,7% em setembro no número de hóspedes, para 1,4 milhões, foi mais intensa do que o INE tinha previsto na estimativa rápida feita no início do mês (-52,2%), enquanto a redução de 53,4% das dormidas, para 3,6 milhões, coincide com o valor previsto.

    Esta evolução representa uma nova aceleração das quebras homólogas da atividade turística, fortemente impactada pela pandemia de covid-19, depois da recuperação registada em agosto, em que as descidas ficaram aquém dos 50% (-43,6% e -47,1% nos hóspedes e nas dormidas, respetivamente).

    Lusa

    Ricardo Azevedo comemora duas décadas de música

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    O cantor e compositor feirense volta ao palco onde cantou pela primeira vez para um momento especial. No dia 27 de novembro, às 21h00, Ricardo Azevedo relembra Daisy, Pequeno T2, My Explanation e tantos outros sucessos musicais dos 20 anos de carreira.

    O espetáculo que Ricardo Azevedo preparou para celebrar as duas décadas de carreira será uma viagem que começa no ano 2000, em jeito de best of, e vai até ao presente, com apresentação do primeiro single do novo trabalho, previsto sair a público no primeiro trimestre de 2021. O cantor escolheu a terra natal para o concerto comemorativo e um auditório especial situado no coração das Terras de Santa Maria, o Cineteatro António Lamoso, onde deu os seus primeiros espetáculos com os EZ Special e o primeiro concerto em nome próprio.

    Um momento irrepetível, no dia 27 de novembro, às 21h00, do cantor e compositor feirense que fundou os EZ Special e que irá relembrar os temas conhecidos do grande público como Daisy, Pequeno T2, My Explanation, Entre o Sol e a Lua, I Really Am Such a Fool, entre tantos outros singles populares durante anos nas listas das músicas mais ouvidas. Como embaixador da Areal Editores, Ricardo Azevedo possui várias das suas músicas nos manuais escolares dos educandos portugueses.

    Com base no anúncio governamental sobre as atuais medidas de combate à pandemia Covid-19, presentes no Decreto-Lei N.º 8/2020, os horários dos espetáculos previstos para este mês, no Cineteatro António Lamoso, foram antecipados, de forma a permitir que o público possa cumprir o seu dever cívico de recolhimento. Com novas regras, mas a mesma qualidade e um ainda maior entusiasmo, a programação regular no equipamento municipal contempla esta temporada 12 momentos culturais das mais diversas tipologias. Todas as recomendações da Direção Geral da Saúde foram acauteladas.

    Covid-19: Especialistas apontam ‘sintomas’ na comunicação e prescrevem ‘receita’ a governo e DGS

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    A comunicação institucional sobre a covid-19 foi uma das derradeiras ‘vítimas’ do vírus SARS-CoV-2, expondo o Governo e a Direção-Geral da Saúde (DGS) à crítica e à acusação de responsabilidade no agravamento da pandemia em Portugal.

    Nas últimas semanas, com o aumento de casos e óbitos e uma intensificação da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a comunicação sobre a covid-19 ficou debaixo de fogo, entre acusações de desorientação, restrições e exceções, recriminações ou simples ineficácia. Ato contínuo, o primeiro-ministro, António Costa, assumiu na quinta-feira a responsabilidade: “A culpa é toda minha. O mensageiro transmitiu mal a mensagem”.

    O reconhecimento de falhas pelo líder do governo pode marcar o início de uma nova ‘terapêutica’ ao nível da comunicação sobre a covid-19 e simboliza também a perceção de alguns erros que foram cometidos, em especial no último mês. De acordo com especialistas de comunicação ouvidos pela Lusa, a expectativa passa pela concretização de uma ideia fundamental: voltar a envolver os portugueses no cumprimento das medidas de prevenção.

    “Ao ter feito um ‘mea culpa’, o primeiro-ministro abriu uma janela de oportunidade e de entendimento, porque as pessoas lidam mais facilmente com a verdade do que com a falta de confiança”, afirmou à Lusa Margarida Pinto da Fonseca, gestora da consultora de comunicação S Consulting, especializada na área da saúde, para quem é necessário “procurar a coesão através do diálogo”.

    A última mensagem de António Costa foi também importante para atenuar a ideia de “comunicação negativa” que, segundo Rui Gaspar, professor na Universidade Católica e psicólogo com especialidade em comunicação de crise, estava a criar-se com uma “culpabilização das pessoas”, que as “leva a não aderir às recomendações” das autoridades.

    “As pessoas têm todo o direito a sentir-se cansadas, e devemos reconhecer o cansaço e o direito ao cansaço. Mais do que culpabilizar as pessoas pelo relaxamento, importa ouvir as pessoas sobre as barreiras que enfrentam no seu dia a dia para implementar os comportamentos que são pedidos”, explicou, acrescentando: “Quando envolvemos as pessoas na própria comunicação, a garantia de sucesso e a adesão serão maiores”.

    Uma visão partilhada por Andreia Garcia, diretora da consultora de comunicação em saúde Miligrama, ao vincar que a “comunicação obriga a que os destinatários se envolvam no ato comunicativo” e que atualmente existe uma “confusão” entre informação e comunicação.

    “Em contextos de emergência pública, como o que se vive, não se pode esperar que modelos de comunicação lineares, assentes apenas e unicamente na transmissão de informação, possam promover a mudança de comportamentos. O problema não reside na ausência de informação, mas na incapacidade de envolver e ouvir a população”, sintetiza a consultora e docente na Escola Superior de Comunicação Social.

    Entre as principais críticas ao modelo de comunicação adotado está a junção da vertente técnica, pela DGS – habitualmente com Graça Freitas -, e a política, através do governo, nomeadamente pela ministra Saúde, Marta Temido. Uma situação que “não é desejável”, no entender de Rui Gaspar, que defendeu que “a comunicação técnica e a comunicação política devem ser separadas” pelo risco da “perceção de que não são duas entidades” a comunicar.

    “Quando a vertente técnica não é distinguível da vertente política, isso será sempre um problema”, notou o académico, que tem igualmente prestado consultoria à DGS ao longo da pandemia, reiterando que a “comunicação deve ser feita por técnicos”, mas que isso “não é só comunicar informação epidemiológica e números, é também ter um lado empático e mostrar às pessoas que o que estão a fazer estão a fazê-lo bem”.

    “Mais do que enumerar estatísticas é necessário identificar os públicos prioritários, as mensagens mais adequadas a esses públicos e os canais que são importantes para alcançar os objetivos propostos”, reforçou Andreia Garcia, que sustentou ainda que esses canais “podem não ser as conferências de imprensa” que passaram de diárias a trissemanais.

    E se os números dizem muito sobre a propagação da covid-19 em Portugal, ao fim de oito meses de pandemia, podem também enunciar um outro risco menos quantificável, mas igualmente perigoso: a dessensibilização e o alheamento das pessoas face às estatísticas.

    “Há muitos meses que isso já está a acontecer, há um efeito de ‘numbness’ [entorpecimento]. E quando começamos a comunicar muito em números deixamos de vê-los como pessoas. 30, 40 ou 50 mortos deixam de ser pessoas com famílias, que tinham as suas vidas e foram afetadas por esta situação”, referiu Rui Gaspar, que apontou como alternativa a referência a “exemplos concretos” e a atribuição de um “significado emocional” aos números.

    Para Margarida Pinto da Fonseca, outro fator que comprometeu a eficácia da comunicação foi a mudança do contexto político. Se na primeira vaga foi enfatizado o clima de consenso em torno das medidas adotadas, a segunda vaga ocorreu com fraturas claras entre os diversos agentes políticos e sociais, com consequências para a recetividade da mensagem.

    “A união que caracterizava a atitude das várias autoridades acabou, e os setores estão cada vez mais afastados a lutar cada um por si e pelos seus interesses”, frisou, sublinhando: “Era importante haver uma espécie de consenso entre as várias partes, inclusivamente uma consulta com os media, para se perceber como é que em conjunto vamos continuar a disseminar uma mensagem que se está a tornar oca”.

    Os especialistas ouvidos pela Lusa apontam também a urgência de adequar a mensagem aos diferentes públicos, traçando uma diferença para o que se verificou na primeira vaga, em que o desconhecimento e a perceção de risco eram globais; agora, já se sabe mais sobre o novo coronavírus e diferentes grupos da população olham para o SARS-CoV-2 de forma distinta.

    “A comunicação não pode ser um ato generalizado que funciona em todos os contextos, para todos os públicos, em simultâneo”, declarou Andreia Garcia, secundada por Margarida Pinto da Fonseca: “A complexidade do vírus e a forma irregular como se comporta acarretam uma especial necessidade de segmentar as mensagens”.

    Defensor de uma comunicação mais “proativa” e voltada para cenários futuros, Rui Gaspar considerou ainda que “a comunicação social não deve ser neste momento o principal mediador, mas sim as estruturas locais”, com “microinfluenciadores” e um plano estratégico de comunicação a um nível mais regional ou mesmo para os concelhos de maior risco.

    Outro caminho para chegar às pessoas pode estar nos cuidados de saúde primários, uma vez que, para Andreia Garcia, é no médico de família que está “a principal fonte de informação para um doente”, principalmente nos grupos de risco. Nesse sentido, apelou à “integração de profissionais de comunicação nos órgãos de decisão” dos agrupamentos de centros de saúde.

    “Têm de ser encontrados canais e parcerias estratégicas, até a nível tecnológico, para chegar a públicos diferentes. É importante perceber onde as pessoas vão agora buscar a informação e em quem é que confiam. Este é um passo fundamental, mas envolve a humildade de quem está a trabalhar a mensagem”, sentenciou Margarida Pinto da Fonseca.

    Portugal contabiliza pelo menos 3.305 mortos associados à covid-19 em 211.266 casos confirmados de infeção, segundo o boletim divulgado no sábado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

    JYGO // PA

    Lusa

    Veículos autónomos vão trazer melhorias para o ambiente urbano

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    sandra_rafael

    Se o advento dos veículos autónomos promete melhorar a segurança rodoviária, que consequências terá para a qualidade do ar nas cidades? A alteração do comportamento dos veículos vai trazer uma redução da poluição? Pela primeira vez, um estudo da Universidade de Aveiro dá resposta às questões: sim, os veículos autónomos vão trazer para as cidades um ar menos poluído e, por isso, mais saudável.

    No geral, as investigações apontam o aumento da segurança rodoviária como a grande vantagem da tecnologia autónoma nos meios de transporte urbanos. No entanto, há um conjunto de benefícios de âmbito ambiental que têm sido pouco explorados e que se relacionam com a forma como o comportamento do condutor, através do processo de aceleração/desaceleração e travagem, influência o consumo de combustível, as emissões atmosféricas e, em última instância, a qualidade do ar.

    E o CESAM, umas das unidades de investigação da UA, já tem respostas. O trabalho coordenado pela investigadora Sandra Rafael, que utilizou modelos de computação em dinâmica de fluidos para prever e conjugar vários cenários (número de veículos elétricos e não elétricos autónomos em circulação, morfologias urbanas, etc.) avança com respostas muito promissoras para a qualidade do ar nas cidades percorridas pelos veículos do futuro.

    Considerando uma taxa de integração de veículos autónomos de 30 por cento, os resultados do estudo publicado na revista Science of The Total Environment revelaram uma redução total de 4 por cento das emissões de óxidos de nitrogênio, os gases nocivos à saúde produzidos por veículos com motor de combustão. Destes gases, só em dióxido de azoto, um dos mais perigosos para o ambiente, o estudo revela uma redução de 2 por cento. O mesmo estudo demonstrou que estas reduções serão tanto maiores quanto maior for a taxa de integração dos veículos autónomos das estradas das cidades, chegando a reduções máximas de 7,6 por cento.

    Análise semelhante foi realizada considerando que a percentagem de veículos autónomos eram ao mesmo tempo veículos elétricos. Os resultados revelaram uma capacidade significativa de melhoria da qualidade do ar com uma redução média das concentrações de dióxido de azoto em 4 por cento.

    Resultados muito promissores

    Estes dados, aponta a investigadora Sandra Rafael, “ainda que modestos, são relevantes no contexto de poluição atmosférica em que vivemos”. Apesar da estratégia europeia para a redução das emissões ter conduzido a uma melhoria generalizada da qualidade do ar em toda a Europa, aponta a cientista do Centro de Estudos do Ambiente e do Mara (CESAM) da UA, “a concentração de alguns poluentes atmosféricos, como é o caso do material particulado e do dióxido de azoto, permanecem demasiado elevados em grande parte das cidades europeias”.

    O tráfego rodoviário, pedra basilar do atual sistema de mobilidade urbana, é o principal responsável pelas emissões (cerca de 35 por cento) de óxidos de azoto. “Torna-se por isso essencial desenvolver tecnologias que permitam de forma eficiente e sistemática reduzir as emissões associadas a este sector”, aponta Sandra Rafael, cujo estudo aponta os veículos autónomos como um caminho mais verde.

    Assinado pelos investigadores do CESAM Sandra Rafael, Luís Correia, Diogo Lopes, Carlos Borrego e Ana Isabel Miranda e pelos investigadores do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação, também da UA, Jorge Bandeira, Margarida Coelho e Mário Andrade, o estudo foi desenvolvido no âmbito de um projeto mais abrangente, o InFLOWence.

    Coordenado pelo Departamento de Engenharia Mecânica e com participação de investigadores do Departamento de Ambiente e Ordenamento, ambos da UA, o InFLOWence tem como objetivo perceber e otimizar a influência de veículos conectados e autónomos na eficiência ambiental de fluxos de tráfego rodoviário.

    Santa Maria da Feira: Detenção de suspeito da prática de crimes de roubo em estabelecimentos comerciais

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    A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, com a colaboração da GNR de Santa Maria da Feira, recebeu sob detenção um cidadão nacional suspeito da prática de crime de roubo, com recurso a arma de fogo, ocorrido na área daquele município.

    O detido, surpreendido em flagrante delito após a consumação de um roubo a estabelecimento comercial tentou a fuga e embateu na viatura policial que efetuou a sua perseguição e abordagem.

    Logo após a detenção e considerando a natureza do crime praticado – roubo com arma de fogo – a Polícia Judiciária desenvolveu diligências que lograram a recolha de matéria probatória relevante do cometimento de mais dois crimes de roubo, na mesma data, e um crime de furto qualificado praticado durante o mês de outubro na Figueira da Foz.

    O detido, de 33 anos, desempregado, reside em Águeda, e possui registo policial e criminal por crimes da mesma natureza.

    Presente a primeiro interrogatório judicial de arguido detido foi sujeito à aplicação da medida de coação de prisão preventiva. 

    PJ

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